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Ambas as presidentes centrista e bloquista aproveitaram as declarações que prestaram à comunicação social à saída das respetivas reuniões com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, para falar das consequências do ciclone Idai que, segundo o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, poderá ter feito um número de mortes que ultrapassa as mil.
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Assunção Cristas considerou que esta é uma notícia que "muito consterna a todos".
"Aproveitava aqui para manifestar o profundo pesar e a nossa solidariedade ao povo moçambicano e a todos aqueles que hoje sofrem com a perda dos seus entes queridos, familiares, amigos, numa cidade que me liga porque o meu pai é nascido na Beira em 1935", afirmou a líder centrista no final das suas declarações.
Já Catarina Martins optou por começar precisamente por este tema.
"Eu queria começar, porque julgo que no dia de hoje não podemos passar sem isso, por fazer uma referência à situação em Moçambique e expressar o pesar do Bloco de Esquerda ao povo moçambicano e também a nossa solidariedade", sublinhou, transmitindo ainda as condolências.
Para a coordenadora do BE, esta "é uma tragédia climática com proporções muito grandes", esperando que "Portugal não falhe nessa solidariedade".
O ciclone, com fortes chuvas e ventos de até 170 quilómetros por hora atingiu a Beira, a quarta maior cidade de Moçambique, na quinta-feira à noite, deixando os cerca de 500 mil residentes sem energia e linhas de comunicação.
Os números do Governo de Moçambique estimavam inicialmente que 600 mil pessoas tivessem sido afetadas, incluindo 260 mil crianças.
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, declarou hoje que o número de mortes devido ao ciclone Idai poderá ultrapassar as mil, assinalando que "o país vive um verdadeiro desastre humanitário de grandes proporções".
O Governo português está a avaliar o envio para Moçambique de apoio no âmbito da proteção civil devido à passagem do ciclone Idai no centro do país, disse hoje o ministro da Administração Interna.