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Banco do fomento apoiará sucessão em empresas familiares

Um fundo de capital reversível em dívida para capitalização de empresas e outro para apoio à sucessão de empresas familiares são dois produtos a disponibilizar este ano pela Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD), disse o presidente executivo à Lusa.

Banco do fomento apoiará sucessão em empresas familiares
Notícias ao Minuto

18:16 - 14/05/15 por Lusa

Economia IFD

"Estes produtos chegarão ao terreno nos próximos meses. Ainda que estejam prontos do ponto de vista do desenho e estejam já a ser testados junto das empresas, há uma tramitação dos fundos comunitários que implica publicar a regulamentação, abrir concursos para os fundos, publicar os fundos, dotá-los de capital e, só então, se pode ir com eles para o mercado", afirmou José Fernando Figueiredo.

O responsável falava à agência Lusa à margem de um debate com empresários promovido pela Associação Empresarial de Portugal (AEP) sobre 'O papel da IFD [vulgarmente conhecida como banco de fomento] no apoio ao financiamento das empresas portuguesas'.

Embora admita que a tramitação necessária ao lançamento destes dois novos produtos financeiros possa ainda demorar "entre três e seis meses", José Figueiredo afirmou-se "francamente convencido que o dinheiro vai estar no terreno até ao terceiro trimestre deste ano".

Conforme explicou à Lusa, o fundo de capital reversível pretende ser um "macro fundo" para onde será canalizada "uma parte importante" dos cerca de 1.500 milhões de euros de fundos estruturais do Portugal 2020 que o banco de fomento está já autorizado pela Comissão Europeia a gerir.

"Vamos lá pôr 200, 400 ou 500 milhões de euros, o BEI [Banco Europeu de Investimento] vai meter mais 100, 200 ou 300 milhões e a banca já mostrou abertura para por mais 100 ou 200 milhões. Vamos fazer qualquer coisa que tenha escala para que uma empresa viável que precisa de se capitalizar, mas não seja um alvo apetecível para o 'private equity' ou para uma capital de risco, em vez de fazer um empréstimo vá ao fundo fazer uma aplicação que lhe permita uma entrada de capital de um ou dois milhões de euros", referiu.

De acordo com José Figueiredo, "esse dinheiro entra como capital, capitalizando a empresa e aumentando-lhe os rácios de autonomia financeira" e, "passados seis, sete ou oito anos, pode ser transformado num empréstimo de médio longo prazo".

"É a minha maior aposta em termos de produtos nesta altura", afirmou, sustentando que responde precisamente a "um dos principais problemas das empresas portuguesas, que é a capitalização".

Paralelamente, a IFD está a preparar um produto financeiro especialmente vocacionado para "facilitar a sucessão das empresas familiares" e cujo objetivo será "garantir 'private equity'" [capital privado] para permitir, por exemplo, que um dos sucessores interessado em prosseguir a atividade da empresa adquira a posição dos restantes herdeiros.

Entretanto, o banco de fomento aguarda para "as próximas semanas" a obtenção da necessária licença de funcionamento por parte do Banco de Portugal, de forma a poder operar como sociedade financeira e vir a colocar estes produtos no mercado.

Em curso está ainda o processo de obtenção em Bruxelas da autorização para que a IFD possa também realizar operações de financiamento junto dos mercados ou de instituições multilaterais, de forma a depois canalizar esses fundos para as empresas.

"Essas operações de mercado ainda não estão autorizadas pela Comissão, temos que a notificar para alargar o nosso âmbito", explicou José Figueiredo, referindo que a gestão deste tipo de linhas de financiamento representa grande parte da atividade das entidades internacionais que atuam na mesma área do banco do fomento.

A IFD vai arrancar com um capital de 100 milhões de euros e sob a tutela do Ministério da Economia, "em articulação" com a secretaria de Estado do Desenvolvimento Regional, ficando com sede no Porto e tendo como "missão de colmatar as falhas de mercado no financiamento das Pequenas e Médias Empresas [PME] de cariz não financeiro, que sejam viáveis".

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