Milhares celebraram em Shaoshan 120.º aniversário do fundador do comunismo chinês
Shaoshan, China, 25 dez - Milhares de admiradores de Mao Zedong assinalaram hoje, com uma homenagem em frente à estátua de ouro maciço, em Shaoshan o 120.º aniversário do nascimento do fundador do comunismo na China, que se celebra na quinta-feira.
© Lusa
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Shaoshan, China, 25 dez - Milhares de admiradores de Mao Zedong assinalaram hoje, com uma homenagem em frente à estátua de ouro maciço, em Shaoshan o 120.º aniversário do nascimento do fundador do comunismo na China, que se celebra na quinta-feira.
Provenientes de todos os quadrantes da China, os admiradores de Mao Zedong acenderam velas e ofereceram flores, para celebrar o aniversário de um homem acusado de dezenas de milhões de mortes, mas adorado e visto amplamente como o pai da China moderna.
"Ele é um grande líder, que sacrificou os seus interesses para que pudéssemos ser libertados", disse o professor aposentado Fu Mengnan, depois de prostrar-se no chão em frente à estátua.
O aniversário do nascimento de Mao Zedong tem uma especial ressonância na China, especialmente em ciclos de 60 anos.
O legado de Mao continua a ser um tema polémico na China, onde a posição oficial do Partido Comunista, no poder, é que Zedong estava "70 por cento certo e 30 errado".
Iniciativas políticas lançadas por Mao, como o "Grande Salto em Frente" e a "Revolução Cultural", provocaram mais de 40 milhões de mortes por violência e fome, de acordo com algumas estimativas, chinesas e estrangeiras.
Analistas dizem que Mao emergiu como um ponto de encontro para aqueles descontentes com a crescente desigualdade e corrupção desenfreada, apresentando um desafio potencial para a liderança, que não tolera a dissidência pública.
O jornal estatal Global Times, publicou hoje uma sondagem, em que a maioria dos entrevistados achava que as realizações de Mao superaram os seus erros.
Há mesmo quem tenha considerado que, apesar do crescimento económico sem precedentes, o país tinha tomado o caminho errado desde a morte de Mao, em 1976.
"Há uma série de problemas na China de hoje e a maneira de resolvê-los é com o pensamento de Mao Zedong", disse Chen Yaoyao, um homem na casa dos 40 anos.
"Eu espero que nós possamos perceber verdadeiro comunismo na China", acrescentou.
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Noticias Ao Minuto/Lusa
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