"Guimarães Noc Noc" continua a ajudar comércio e cultura na 3.ª edição

Guimarães, 05 out - A música e a arte são quase inescapáveis para quem passeia por Guimarães este fim de semana, já que a terceira edição do festival "Noc Noc" está a levar cultura e público a casas de toda a cidade.

"Guimarães Noc Noc" continua a ajudar comércio e cultura na 3.ª edição

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André Sá
05/10/2013 21:34 ‧ 05/10/2013 por André Sá

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Guimarães, 05 out - A música e a arte são quase inescapáveis para quem passeia por Guimarães este fim de semana, já que a terceira edição do festival "Noc Noc" está a levar cultura e público a casas de toda a cidade.

Entre músicos amadores que tocam em varandas ou lojas que se inauguram aproveitando o reboliço nas ruas, este festival de artes performativas ou de mera contemplação é também relevante para a afirmação de diversas associações culturais vimaranenses.

Para Sandra Roda, por exemplo, a arte que expõe na Torre dos Almadas, em pleno centro histórico, beneficia de espetadores que de outra forma dificilmente alcançaria, pelo que entende o "Noc Noc", em que participa desde a primeira edição, como "uma lufada de ar fresco" no panorama artístico local.

"As pessoas querem ver arte gratuitamente", disse à Lusa, lamentando que "a cultura seja cada vez mais complicada de aceder e muitas vezes demasiado elitista e em linguagens demasiado conceptuais que não chegam ao grande público".

Enquadrado por um artista de rua que lhe pintava as paredes com graffiti, José Maciel Silva falava à agência Lusa entre os derradeiros preparativos para a inauguração de uma loja de tatuagens numa das ruas históricas de Guimarães, aproveitando o "Noc Noc" para divulgar o projeto.

"A ideia é fantástica", considerou o gerente da loja, "porque podemos proporcionar a todas as pessoas o 'live act', que é onde gostamos de evidenciar a nossa arte - ao vivo e a cores, para que as pessoas possam apreciar o que melhor se faz em Portugal".

Também para associações como o Cineclube de Guimarães, que participou no "Noc Noc" ao albergar uma exposição de arte plástica coletiva, o festival prima pela representação da cultura local e consequente exposição a que vem de fora.

"É algo com que nos identificamos", sublinhou Carlos Mesquita, professor do primeiro ciclo e presidente do cineclube, salientando a iniciativa que invade a cidade pela sua vertente amadora, em que tudo é feito "de modo voluntário, empenhado e com amor" e considerando "inequívoca a paixão dos organizadores" da associação Ó da Casa!.

Para Carlos Mesquita, o "Noc Noc" é até "um investimento pequeno para a importância cultural que tem", assim como pertinente "numa altura em que está na moda cortar na Cultura", lamentou, apontando a iniciativa como "um exemplo claro de como se pode fazer coisas com escala, para muita gente e ao mesmo tempo com qualidade e poucos custos".

O "Guimarães Noc Noc" decorre ainda ao longo de todo o dia de domingo, com um programa que conta com 40 projetos nacionais e internacionais distribuídos por mais de 60 espaços e a cargo de mais de 400 artistas.

ACYS // MLL

Noticias Ao Minuto/Lusa

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