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Investigadores ajudam a desvendar enigmas da interação gravítica

Investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) vão integrar uma equipa internacional que quer desvendar alguns enigmas ainda hoje associados à interação gravítica como os buracos negros, disse hoje fonte envolvida no projeto.

Investigadores ajudam a desvendar enigmas da interação gravítica
Notícias ao Minuto

11:10 - 18/10/16 por Lusa

Tech Porto

Com este projeto pretende-se, entre outros temas, estudar a teoria quântica da gravitação, que é determinante para compreender "fenómenos que envolvem objetos cósmicos extraordinariamente densos como os buracos negros ou o início do universo propriamente dito".

O professor do Departamento de Física e Astronomia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) Miguel Costa é um dos 15 investigadores de sete diferentes países que participam no projeto "Non-Perturbative Bootstrap", financiado pela fundação privada americana Simons Foundation, no valor de dez milhões de dólares (cerca de nove milhões de euros).

"Sabemos que o universo está em expansão", disse o investigador, "o que significa que, no passado, toda a energia estava muito concentrada e, portanto, os fenómenos físicos que decorriam nessa época muito primitiva são governados por leis que ainda desconhecemos".

Existe, atualmente, "uma nova forma de explicar esta física usando um holograma gravitacional, descrito por teorias com muita simetria que chamamos teoria de campo conforme", também utilizada para descrever "fenómenos físicos que ocorrem a escalas de energia bem mais mundanas", que podem ser recriadas no laboratório, explicou.

Um exemplo é o do fenómeno da supercondutividade, "onde certos materiais, quando expostos a temperaturas extremamente baixas, exibem um comportamento exótico, conduzindo eletricidade sem qualquer resistência nem perdas".

"Esta colaboração tem a ambição de marcar uma nova era, cruzando conhecimentos de distintas áreas, nomeadamente das áreas da física de partículas e da física da matéria condensada, onde vai efetuar uma extensiva busca de novas fases da matéria", indicou Miguel Costa.

De acordo com o professor, esta é a primeira vez que uma equipa portuguesa integra uma "Simons Collaboration on Mathematical Physics".

No projeto participam outros dois investigadores portugueses, João Penedones, professor na Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suiça, e Pedro Vieira, docente no Instituto Perimeter de Física Teórica, no Canadá, e professor afiliado da FCUP.

O projeto, cujo lançamento oficial ocorre na quarta-feira, nos Estados Unidos, tem uma duração de quatro anos, podendo estender-se a um período de sete anos, atingindo, nesse caso, um financiamento de 17,5 milhões de dólares (cerca de 15,5 milhões de euros).

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