Acessos de telefone fixo atingiram valor mais alto dos últimos 8 anos
A taxa de penetração dos acessos telefónicos fixos atingiu em setembro o valor mais elevado dos últimos oito anos, aumentando 0,2 pontos percentuais face ao segundo trimestre, para 43,8 acessos por 100 habitantes, divulgou hoje a Anacom.
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Tech Anacom
Segundo dados da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), no final do terceiro trimestre o parque de acessos telefónicos principais totalizava 4,6 milhões de acessos (mais 0,5% e 0,8% do que nos trimestres anterior e homólogo, respetivamente), situando-se "ligeiramente acima do intervalo de previsão resultante da tendência histórica estimada".
Já a diminuição dos acessos analógicos (em 1,4%) e dos acessos RDIS (em 2,1%) foi "mais do que compensada" pelo aumento dos acessos GSM/UMTS/LTE (mais 2,9%) e dos acessos VoIP/VoB (mais 3%), nomeadamente suportados em redes de alta velocidade (fibra ótica e redes de TV por cabo).
De acordo com a Anacom, no terceiro trimestre o Grupo PT era responsável por 54,8% do total dos acessos principais (menos 0,7 pontos percentuais do que no trimestre anterior), sendo o Grupo NOS o 2.º maior operador, com uma quota de 30,5% (mais 0,1 pontos percentuais do que em junho).
Contudo, a Vodafone foi o prestador que mais cresceu neste período, atingindo uma quota de 8,8% (mais 0,7 pontos percentuais do que no trimestre anterior).
No final de setembro, o número de clientes do serviço telefónico fixo em acesso direto atingia os 3,7 milhões, mais 0,7% do que no trimestre anterior, mantendo a tendência de subida que se regista desde 2008 devido ao aumento da penetração das ofertas 'triple play' (serviço telefónico fixo, TV paga e internet), que incluem chamadas gratuitas para números fixos.
Quanto a quotas de mercado, a Anacom refere que o Grupo PT tinha uma quota de clientes de acesso direto de 50,5%, menos 0,6 pontos percentuais que no trimestre anterior, enquanto a NOS manteve a quota nos 34,8% e a Vodafone ocupa a 3ª posição, com 8,8%, mais oito pontos, seguida do grupo Altice, com 5,7%.
No terceiro trimestre, o volume de minutos de voz do serviço de telefone fixo diminuiu, 7% e 9,5% em relação ao trimestre anterior e ao período homólogo, respetivamente, tendo sido consumidos, em média por acesso e por mês, 102 minutos em chamadas fixo-fixo (menos 10 minutos do que no 2ºT14), 12 minutos em chamadas fixo-móvel, nove minutos em chamadas internacionais e oito minutos em chamadas para números curtos e não geográficos, em linha com o trimestre anterior.
Esta descida do tráfego poderá, segundo a Anacom, estar "associada ao aumento da penetração dos pacotes que integram serviços fixos e móveis".
No caso dos clientes residenciais, o Barómetro de Telecomunicações da Marktest aponta que a mensalidade média do serviço telefónico fixo individualizado era, no 3.º trimestre, de 13,7 euros, menos 5,2% do que no trimestre anterior e menos 4,4% do que no trimestre homólogo.
No total, as receitas do serviço telefónico fixo, 'stand-alone' e provenientes de pacotes, ascendem a 1.163 milhões de euros, um crescimento homólogo de 3,7%.
No que se refere ao número de postos públicos instalados, diminuiu 1,4% face ao trimestre anterior, para cerca de 23 mil, registando uma quebra homóloga de 1,2%.
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