O Facebook mexe mesmo com as nossas emoções
Um estudo alargado, envolvendo 689.003 utilizadores do Facebook, vem confirmar as desconfianças: o Facebook é capaz de influenciar a disposição das pessoas tanto de forma positiva como negativa.
© Reuters
Tech Redes Sociais
Adam D. I. Kramer, Jamie E. Guillory e Jeffrey T. Hancock levaram a cabo um estudo envolvendo 689.003 utilizadores do Facebook e as suas conclusões demonstram que o Facebook pode ter influência, tanto positiva, como negativa, nas emoções dos seus utilizadores. O News Feed da rede social tem ‘poder’ que baste para tal.
“Os estados emocionais podem ser transferidos para outras pessoas através de contágio emocional, levando as pessoas a experimentar as mesmas emoções, sem o seu conhecimento”, pode ler-se na introdução ao estudo. Esta ideia de ‘contágio emocional’ já tem sido estudada e comprovada, mas neste caso vai um pouco mais longe, a dimensão do fenómeno, já que envolve a forma como reagimos ao que lemos num simples ecrã de computador
Na perspetiva destes investigadores norte-americanos, embora a conclusão possa ser controversa, os dados são claros: o facto de no News Feed dos utilizadores da rede social surgirem mais conteúdos positivos faz com que as suas reações (comentários, outros conteúdos) sejam também mais positivos. E o mesmo acontece quando os conteúdos são negativos.
Neste estudo foram ‘manipulados’ os conteúdos que surgiam no News Feed dos utilizadores – o critério para a escolha dos milhares de utilizadores foi simples: liam e escreviam os seus conteúdos em inglês. Basicamente, num dos casos apareciam na página principal (‘timeline’) do Facebook mais conteúdos que poderiam despertar emoções positivas. E no outro caso, fazia-se o mesmo mas surgindo uma maior quantidade de conteúdos negativos.
O estudo decorreu durante uma semana, em janeiro de 2012, e foi este ano publicado, estando disponível para consulta no site da associação norte-americana Proceedings of the National Academy of Sciences.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com