PS acusa Passos de pressionar Tribunal Constitucional

O partido Socialista acusou na sexta-feira o primeiro-ministro de fazer um discurso insensível e contraditório e disse que Pedro Passos Coelho insiste em pressionar o Tribunal Constitucional.

PORTUGAL PARTIDO SOCIALISTA

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Lusa
17/08/2013 06:43 ‧ 17/08/2013 por Lusa

Política

Reação

Em declarações aos jornalistas após o discurso na noite de sexta-feira de Passos Coelho na festa social-democrata do Pontal, o porta-voz do PS, João Ribeiro, apontou que a intervenção do chefe do Governo tem três ideias fundamentais: "Apesar do mal feito, continua o mesmo caminho, pressiona o Tribunal Constitucional e envia recados para dentro do Conselho de Ministros."

Sobre este último ponto, o porta-voz do PS disse que isso confirma que o país "continua em profunda crise" e o Governo "é o principal fator de instabilidade política em Portugal".

Para o PS, o discurso do primeiro-ministro "foi um discurso insensível e contraditório".

"À defesa dos direitos constitucionais chamou risco constitucional, à tragédia social em que vivem milhares de portugueses chamou risco social, à incompetência do seu Governo chamou risco político interno", apontou João Ribeiro.

"Aos desempregados disse para criarem valor, aos empresários sem financiamento disse para se adaptarem, aos pensionistas e reformados agradeceu-lhes terem que sustentar os filhos e os netos angustiados", continuou.

Para o PS, Passos Coelho "é um primeiro-ministro longe da realidade da vida dos portugueses" e "é profundamente insensível".

Relativamente às declarações feitas pelo primeiro-ministro em relação ao risco que ainda constitui o Tribunal Constitucional, João Ribeiro apontou que essa é uma linguagem "imprópria".

"O primeiro-ministro insiste em pressionar o Tribunal Constitucional. O Tribunal Constitucional cumpre o seu dever, o dever de fiscalizar o cumprimento da Constituição da República e o Governo tem de respeitar a Constituição", sublinhou, apontando que se trata de uma "pressão inaceitável".

Acrescentou que Passos Coelho tem habituado o país, ao longo dos últimos anos, "nesta falta de respeito por aquilo que é o papel de um órgão de soberania".

O PS considerou também que o primeiro-ministro e líder do PSD tem um discurso contraditório ao anunciar que não atua para ganhar eleições, mas divulgando os objetivos do partido para as autárquicas de setembro, que passam por manter a presidência da Associação Nacional de Municípios.

Nesta matéria, defendeu João Ribeiro, o PS entende que o mais importante é que os portugueses possam decidir em liberdade quais são as suas opções políticas e o que desejam para as suas autarquias.

Por outro lado, relativamente ao repto lançado por Passos Coelho ao Partido Socialista no sentido de uma união de esforços, o porta-voz sublinhou que o PS "nunca rejeitou unir esforços em nome do país nem nunca rejeitou dar o seu contributo para resolver os problemas do país e dos portugueses".

 

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