São os cortes de 4,7 mil milhões de euros prometidos pelo Governo que deixam o PS de pé atrás em relação a um acordo entre os três partidos, para responder ao apelo de salvação nacional do Presidente da República.
Este tem sido o foco da discórdia nas negociações, pois a maioria não prescinde da aplicação dos cortes, enquanto os socialistas insistem em fazer com que o Executivo os deixe cair.
Ontem, a ronda de negociações na sede do CDS, no Largo do Caldas em Lisboa, ficou marcada pela notícia da presença da ministra das Finanças que terá ido explicar a indispensabilidade dos cortes de 4,7 mil milhões de euros.
Segundo um comunicado conjunto emitido ontem após o encontro, os três partidos aprofundaram temas e analisaram documentos sobre a situação económica do País, agenda que continua hoje, estando já prevista a elaboração de propostas escritas.
De recordar, que a crise política que motivou o apelo a um acordo entre os três partidos foi provocado pelo pedido de demissão de Paulo Portas, que não foi aceite pelo primeiro-ministro, por não concordar com a nomeação de Maria Luís Albuquerque para substituir Vítor Gaspar, à frente da pasta das Finanças.