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"Nestas duas últimas semanas só vi porcos a andarem de bicicleta"

O comentador político Marcelo Rebelo de Sousa destacou ontem, no habitual espaço de opinião que protagoniza na TVI, que a proposta que o Presidente da República apresentou relativamente ao um “compromisso de salvação nacional” que vincule PSD, CDS e PS, embora seja uma boa ideia “em teoria”, sai “estragada na prática”. No entanto, “há milagres”, assinalou Marcelo.

"Nestas duas últimas semanas só vi porcos a andarem de bicicleta"
Notícias ao Minuto

07:55 - 15/07/13 por Notícias Ao Minuto

Política Marcelo

“Há milagres” afinal, “nas últimas duas semanas só vi porcos a andarem de bicicleta” em Portugal. As palavras pertencem ao antigo líder social-democrata, Marcelo Rebelo de Sousa, e reportam-se ao acordo proposto pelo Presidente da República, Cavaco Silva, que lançou um repto aos partidos que assinaram o memorando de entendimento no sentido de alcançarem um “compromisso de salvação nacional”.

“A probabilidade de haver um acordo deste teor” é pouca, “ao dar 10 ou 15% de hipóteses de concretização estou a ser generoso”, sublinhou o professor, salientando que a proposta de Cavaco é boa “em teoria”, mas sai “estragada na prática”.

“Era uma boa ideia porque vai ser preciso um acordo a partir de 30 de Junho de 2014; segundo porque era um momento em que o Presidente estava forte devido à crise que havia na coligação; terceiro, porque havia um sentimento popular forte contra os partidos e a classe política e o Presidente veio dizer 'tenham juízo' não é possível continuar a brincar com o País”, sustentou Marcelo.

Todavia, o chefe de Estado “deixou tanta coisa com um ponto de interrogação e adiou de tal forma o fechar que o que aconteceu é que os mercados reagiram como tinham reagido à crise provocada por Paulo Portas”, observou o antigo presidente do PSD.

Posto isto, rematou Marcelo, Cavaco “não resolveu a crise e prolongou-a e ao prolongá-la agravou-a”, sendo que, se o acordo entre PSD, CDS e PS falhar, quem ficará “entalado” será o próprio Presidente da República.

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