O acordo entre Passos Coelho e Paulo Portas ainda carece da aprovação pública do Presidente da República, mas para o resto da União Europeia esse facto não passa de um pormenor. A maioria dos países dá como certa a recente e aparente estabilidade na coligação PSD-CDS.
O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloom, disse estar “muito satisfeito por a coligação portuguesa estar novamente preparada para continuar o seu trabalho” e mostrou-se ansioso por trabalhar com os novos ministros”.
Já o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaüble afirmou, citado pelo Jornal de Negócios, que, “como todos sabemos a crise em Portugal está ultrapassada”, enquanto o homólogo espanhol, Luís de Guindos, assinalou que “o acordo anunciado pelo Governo português só pode conferir estabilidade a um Governo”.
Esta assunção da Europa sobre o aval de Cavaco já levou a reacções diferentes dentro dos partidos, que estão ainda a ser ouvidos pelo Presidente da República.
A oposição interpreta o sinal de boas-vindas à coligação por parte de Bruxelas como uma prova da debilidade das instituições internas e como uma forma de pressão a Cavaco. Por outro lado, o PSD vê a satisfação europeia, sobre um acordo que ainda não está fechado, como uma intuição natural.
O Presidente da República recebe esta manhã os partidos da coligação, PSD e CDS e o PS.
