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"Precisamos de greves"

O escritor e histórico socialista Manuel Alegre assume-se como um apoiante da greve geral desta quinta-feira, sublinhando que “o direito à greve é o recurso e a arma dos trabalhadores”, particularmente, em “situações como a que estão a viver e que é uma espécie de Estado de golpe” porque “a Constituição não está a ser respeitada”. Na SIC Notícias, Alegre criticou ainda o Presidente da República por ter autorizado a “violação” da lei fundamental.

"Precisamos de greves"
Notícias ao Minuto

08:45 - 27/06/13 por Ana Lemos

Política Alegre

Na véspera da greve geral, agendada para hoje, o histórico socialista Manuel Alegre foi convidado, na edição da Noite da SIC Notícias, a comentar as declarações do primeiro-ministro sobre a iniciativa das duas centrais sindicais. Recorde-se que Passos afirmou que “não precisamos de greves [mas] de trabalhar”.

Opinião diferente tem Alegre: “Precisamos de greves”. E, acrescentou, “não basta dizer que o direito à greve é alienável, os direitos são para ser praticados”, defendeu o escritor, frisando que a greve “é o recurso e a arma os trabalhadores em situações como a que estão a viver e que é uma espécie de Estado de golpe, não é de golpe de Estado, é Estado de golpe porque a Constituição não está a ser respeitada”.

“Quando o Governo não paga os subsídios de férias quando devia, por vingançazinha mesquinha para com o Tribunal Constitucional (TC) mas que no fundo atinge é as pessoas, isso é uma desobediência ao TC, o que é muito grave”, exemplificou Alegre, lembrando que esta “violação da Constituição” foi apoiada pelo Presidente da República, Cavaco Silva, “com a preocupação de manter a estabilidade a todo o custo”.

Neste ponto, o escritor frisou que “tem sido muito contido” por considerar que “é preciso preservar a função presidencial”. Contudo, e perante “actos desta natureza” e “ao permitir que a Constituição seja posta em causa, o senhor Presidente põe em causa o papel essencial da função presidencial que é ser árbitro”.

Face a este cenário de “Estado de golpes sucessivos” e “violações da Constituição, sem que isso tenha consequências”, Manuel Alegre afirmou que “esta democracia na Europa está a ficar despida da sua substância” e “isso [não só] é gravíssimo” como “abre o caminho a todas as aventuras, passando do Estado de golpe ao golpe de Estado, e ao populismo”.

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