Crato 'bate o pé' e sindicatos acusam-no de "mau perder"

O ministro da Educação, Nuno Crato, adiantou esta terça-feira que vai recorrer da decisão do colégio arbitral, que decidiu ontem não definir serviços mínimos para o dia de greve de professores, marcada para 17 de Junho, data dos exames nacionais de Português e Latim. As reacções dos sindicatos foram imediatas.

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Notícias ao Minuto com Lusa
12/06/2013 06:53 ‧ 12/06/2013 por Notícias ao Minuto com Lusa

Política

Greve

A data dos exames nacionais de Português e Latim mantém-se, apesar da decisão do colégio arbitral ter decidido pela não declaração dos serviços mínimos. Quem o diz é o próprio ministro que, numa comunicação, anunciou ir recorrer da decisão.

A remarcação dos exames “abriria um grave precedente”, afirma Crato, acrescentando que não se pode “permitir devido a um simples pré-aviso de greve se recalendarize os exames”.

O ministro pediu ainda aos professores que deixem o dia de exames decorrer sem transtornos para os alunos e defende que a “greve prejudica essencialmente a escola pública”.

Ora, as reacções não se fizeram esperar. “O senhor ministro Nuno Crato tem mau perder. Pensávamos que, quando a decisão foi para o colégio arbitral, as partes que aceitavam o jogo democrático da lei, julgávamos que aceitavam a decisão, ganhassem ou perdessem”, disse à agência Lusa o secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário Nogueira.

“Nós preferiríamos que o Ministério da Educação tivesse seguido as orientações que constam das decisões do colégio arbitral, parece-nos que era mais sereno e que encontrávamos uma solução para, por um lado, respeitar aquilo que é o direito à greve e, por outro lado, também o direito à realização dos exames sem grandes problemas”, declarou por sua vez o secretário-geral da Federação Nacional da Educação (FNE), João Dias da Silva.

Saliente-se que o colégio arbitral decidiu não definir serviços mínimos na greve dos professores a 17 de Junho, dia do exame nacional de português. A paralisação dos docentes não "afecta de modo grave e irremediável o direito ao ensino na vertente de realização dos exames finais nacionais”, sustenta o documento da decisão

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