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"Temos de manter memória viva para não tendermos a repetir o irrepetível"

Governo assinala libertação de presos políticos no Forte de Peniche.

"Temos de manter memória viva para não tendermos a repetir o irrepetível"
Notícias ao Minuto

10:41 - 27/04/17 por Goreti Pera com Lusa

Política António Costa

Vive-se esta quinta-feira “um momento muito importante e significativo” na Fortaleza de Peniche, onde se realiza um Conselho de Ministros especial em alusão à Revolução dos Cravos.

À entrada para a reunião, o primeiro-ministro deu uma breve declaração aos jornalistas, destacando a obrigação dos portugueses em “manter a memória viva” em relação aos acontecimentos de 25 de Abril de 1974.

“É sempre preciso festejar estes 43 anos e as mulheres e homens a quem devemos a liberdade. É fundamental manter esta memória viva porque, infelizmente, como a História nos tem recordado, quando nos esquecemos tendemos a repetir o que nunca mais pode ser repetido”, afirmou António Costa.

Recorde-se que o Conselho de Ministros reúne-se hoje na Fortaleza de Peniche, no dia em que passam 43 anos da libertação dos presos políticos daquela prisão do Estado Novo. Um dos antigos presos políticos da cadeia de Peniche é o atual conselheiro de Estado Domingues Abrantes.

A antiga fortaleza, que foi convertida em prisão a partir de 1934, tinha 25 presos políticos quando se deu o 25 de Abril de 1974.

O futuro da fortaleza tem estado envolto em polémica devido à hipótese de ser concessionada a privados para aí ser criado um hotel.

Já este mês o ministro da Cultura disse concordar a criação de um museu da resistência à ditadura na Fortaleza de Peniche.

"O Governo quer preservar o interesse memorial da Fortaleza e construir aí um museu da resistência à ditadura", afirmou Luís Castro Mendes, indo assim ao encontro da proposta apresentada hoje pelo Grupo Consultivo criado pela tutela para, até final de abril, apresentar soluções futuras para o monumento.

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