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Erros políticos levam a "esta degradante situação" do País

O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, considerou na quarta-feira que "são os erros políticos, passados e presentes", que conduziram Portugal "a esta degradante situação", criticando "a escassez de bom senso, racionalidade e competência técnica na gestão do quotidiano".

Erros políticos levam a "esta degradante situação" do País
Notícias ao Minuto

07:00 - 25/04/13 por Lusa

Política Rui Rio

Rui Rio discursava ontem durante a sessão solene das comemorações do 25 de Abril, cerimónia na qual foram entregues as medalhas da cidade, considerando que "se não houver a capacidade de os verdadeiros democratas se entenderem, no sentido de consensualizarem reformas necessárias à credibilização e capacitação da política, o que no futuro nos espera não poderá ser nada de bom nem de positivo".

"São erros políticos, passados e presentes, que nos conduziram a esta degradante situação. Se, no passado, os erros nos levaram, à acumulação de permanente e avultados défices externos e a um nível de endividamento e de falta de transparência nas contas públicas que hoje nos atirou para este empobrecimento colectivo, no presente, também não deixa de haver erros que tornam ainda mais difícil o que, manifestamente, nada tem de fácil", criticou.

Na opinião de Rui Rio, "a escassez de bom senso, racionalidade e competência técnica na gestão do quotidiano" pode "matar o País de uma forma tão cruel quanto as penalizadoras medidas decorrentes do nosso insustentável sobreendividamento".

"Exige-se, por isso, a todos os que se ofereceram para desempenhar funções de responsabilidade política, que assumam com coragem e patriotismo a necessidade de serem capazes de colocar sempre o interesse nacional em primeiro lugar, rejeitando as mesquinhez do interesse partidário, a promessa eleitoral mentirosa e irrealista, e a contradição intelectualmente desonesta que arruína a confiança de quem não sendo estúpido facilmente a detecta", sublinhou.

Para o social-democrata, este é "um momento decisivo da nossa história: ou rompemos com o que está a estrangular ou empenhamos, por muitos e maus anos, o futuro do nosso País".

Para Rio, as "reformas necessárias não são as que obedecem à lógica simplista, aos ditames do político e mediaticamente correto, nem aos interesses conjunturais deste ou daquele partido".

O presidente da Câmara do Porto reiterou as duras críticas que tem vindo a fazer ao Governo devido à situação actual da Sociedade de Reabilitação Urbana do Porto, recordando que na assembleia geral da PortoVivo, da passada semana, o accionista Estado "explicou que a sua estratégia passa por deixar falir a sociedade".

"É difícil conseguir imaginar pior. (...) com a angústia a tomar conta dos portugueses, o Governo aposta na falência da SRU do Porto e na consequente paralisação da reabilitação urbana", condena.

Rio criticou ainda o facto de a segunda câmara do País chegar "ao fim do mês de Abril sem ter podido iniciar o seu programa anual de investimentos".

"Em face da gravidade do que está a acontecer, ninguém pode deixar de se incomodar e de não lutar pela nossa cidade, cuco interesse tem que estar acima de qualquer opção política ou ideológica", considerou, garantindo que tudo fará para defender o interesse do Porto, não só enquanto presidente da câmara como depois "como seu normal cidadão".

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