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É preciso assegurar a estabilidade da atual "solução de Governo"

O secretário-geral do PS defendeu hoje a estabilidade da atual "solução de Governo", considerando que a "solidez" do acordo entre os quatro partidos que suportam o executivo advém da "transparência", "confiança" e da "diversidade de identidades".

É preciso assegurar a estabilidade da atual "solução de Governo"
Notícias ao Minuto

23:49 - 06/05/16 por Lusa

Política António Costa

Em Braga, para apresentar a moção com que se candidata à liderança do PS, António Costa garantiu que ninguém terá nos próximos quatro anos "necessidade de revogar uma decisão irrevogável".

Num discurso perante uma plateia com vários autarcas socialistas, do Minho mas também do Porto e do distrito de Vila Real, o líder socialista deixou ainda alguns recados para o partido explicando que o PS não se pode "governamentalizar" nem "congelar" quando está em funções governativas, tendo mesmo de ser o "esteio" de ligação entre os cidadãos e o Governo.

"A nossa tarefa hoje é assegurar estabilidade, para que esta solução de Governo dure e funcione bem ao longo de toda a legislatura", apontou António Costa, garantindo que aquela solução é "muito clara e muito transparente".

O também primeiro-ministro explicou que entre os partidos que sustentam o Governo (PS, PCP, BE e PEV), "partidos bem diferentes uns dos outros" não se procura "disfarçar" diferenças nem estas incomodam.

"Entre nós ninguém assistirá, durante os próximos quatro anos, à necessidade de alguém ter que revogar uma decisão irrevogável. Connosco, cada um pode manter-se fiel aos seus princípios porque aquilo que dá solidez a esta solução de Governo é esta clareza da relação", considerou, utilizando a expressão do ex-líder do CDS-PP Paulo Portas, que anunciou a sua demissão do anterior executivo como "irrevogável", mas acabou por manter-se em funções.

Alias, Costa, afirmou que a "solidez" da atual solução governativa assenta na "clareza e transparência", expressões que utilizou várias vezes: "É essa diversidade da identidade que dá solidez a esta solução de Governo e é por isso que a devemos honrar, respeitar e acarinhar", referiu.

O líder socialista pediu para ninguém ficar surpreendido quando aqueles quatro partidos não tiverem o mesmo sentido de voto.

"É nesta relação de transparência e confiança que permite a cada um dos eleitores do PS, PCP, BE e PEV saber bem com o que conta e que nenhum de nós trairia a confiança dos seus eleitores, porque não acordaremos em nada que seja incompatível com aquilo que são os princípios fundamentais e a marca de identidade de cada um de nós", assegurou.

Já com o congresso do PS no horizonte, a realizar em Lisboa no início de junho, o secretário-geral socialista deixou avisos e alertas ao partido que lidera: "Temos que olhar para o partido. Nada mais de errado pode haver do que o partido ficar congelado quando os socializas exercem funções governativas, no passado já o fizemos e não foi uma boa solução", alertou.

Segundo o líder socialista, o PS "tem que ser o grande esteio de ligação quotidiana dos socialistas que estão no governo e nas autarquias com aquilo que é a sociedade".

Por isso, António Costa deixou um último aos militantes e simpatizantes que o ouviam.

"É absolutamente fundamental que, estando no governo, o partido não se deixe governamentalizar, congelar na sua atividade. Pelo contrário, é mais importante do que nunca que o partido se mobilize, esteja ativo e esteja na sociedade, a travar os combates que tem que travar mas simultaneamente a dialogar com os socialistas que estão no Governo sobre aquilo que são as aspirações dos cidadãos a que se tem que dar resposta", concluiu.

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