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Austeridade deu poder a Hitler, alerta Carrilho

O antigo ministro da Cultura, Manuel Maria Carrilho faz uma analogia da situação de Portugal com a que se vivia na Alemanha no final dos anos 20. O socialista sublinha, num artigo de opinião do Diário de Notícias (DN), o facto de a popularidade do partido nazi de Hitler ter aumentado ao mesmo tempo que subia a taxa de desemprego no país. E, para Carrilho, a ‘coincidência’ é “inquietante”.

Austeridade deu poder a Hitler, alerta Carrilho
Notícias ao Minuto

09:35 - 21/03/13 por Notícias Ao Minuto

Política PS

Para Manuel Maria Carrilho a comparação com o caso alemão é “sempre de sublinhar”. No seu artigo de opinião, publicado hoje no DN, o socialista lembra que os votos dos alemães no partido de Hitler foram conquistados após a subida galopante do desemprego e do resultado de uma “década” de austeridade e deflação.

“Em 1928, a Alemanha tinha um milhão de desempregados e o partido nazi obtinha 2,5% dos votos. Dois anos mais tarde, em 1930, com o desemprego já nos três milhões, os nazis atingem os 18,3%. E em 1932, quando o desemprego chega aos seis milhões, Hitler consegue 37,2% dos votos. E poucos meses depois chega ao poder”, lembra Carrilho, alertando para a situação actual da Europa e de Portugal.

O antigo ministro considera que analogia entre os dois países é cada vez mais “inquietante” e alerta que o que se está a passar no Chipre, com impostos sobre as poupanças “assusta”.

Apesar de reconhecer “um sério problema de impunidade financista” do pequeno país ao sul da Turquia, Carrilho não concorda com a solução apresentada pelo governo cipriota e pela troika.

A questão “não pode ser resolvida poupando mais uma vez os especuladores e caindo em cima das poupanças dos cidadãos, impondo-lhes taxas que aparecem como uma inequívoca forma de extorsão”, defende Carrilho, acrescentando que se trata de “uma machadada” que se arrisca a ser “irreparável.

O alarme, na opinião do socialista, não é só para a confiança no sistema bancária mas também nas instituições europeias. “Mas parece que, também aqui, a atracção pelo muro é muito forte”, sublinha o antigo governante.

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