"Costa conseguiu equilibrar-se num trapézio estreitinho"
António Vitorino e Pedro Santana Lopes analisaram o acordo conseguido entre o Governo e Bruxelas para o novo Orçamento do Estado.
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Política Debate
No habitual espaço de comentário às terças-feiras, na SIC Notícias, Pedro Santana Lopes e António Vitorino analisaram o acordo conseguido entre o Executivo e a Comissão Europeia para o novo Orçamento do Estado, algo que ambos concordam ter sido "bom para António Costa e para Portugal".
António Vitorino foi o primeiro a ter a palavra, considerando que a nova proposta “concilia os compromissos que o Partido Socialista tinha à Esquerda” com “as exigências do pacto de estabilidade e crescimento”. No entanto, lembra, “há uma série de medidas importantes que estavam previstas no programa do PS que acabaram por não ser concretizadas”, como foi o caso da TSU.
Ainda assim, o socialista não esconde a realidade: “Vai haver um aumento de impostos”. Mesmo assim, recorda, “enquanto houver ajustamento das finanças públicas, não vai haver grande margem para reduzir impostos a não ser que a economia cresça muito”.
Na ótica de Pedro Santana Lopes, o acordo alcançado foi, “mais uma vez”, a prova de que António Costa conseguiu “um equilíbrio em cima de um trapézio muito estreitinho”, uma vez que “de um lado tinha Bruxelas” e do outro “as exigências da coligação”.
Sobre o já falado aumento de impostos, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa diz ter “a sensação que há muitas pessoas em Portugal que preferem um aumento da tributação por impostos indiretos a um aumento da carga dos impostos diretos”.
“Acho que o país todo respirou de alívio. Ninguém queria uma crise, nem a oposição, nem o Presidente da República. Para Portugal, apesar de tudo, foi bom”, terminou.
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