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PCP critica "escandalosos lucros" apresentados pela Galp Energia

O PCP classificou hoje de "escandalosos" os lucros da Galp Energia e pediu a intervenção do Governo em relação à sede fiscal da empresa, localizada na Holanda.

PCP critica "escandalosos lucros" apresentados pela Galp Energia
Notícias ao Minuto

19:15 - 08/02/16 por Lusa

Política Partidos

A Galp Energia obteve em 2015 um resultado líquido ajustado de 639 milhões de euros, um aumento de 71,5% face aos 373 milhões alcançados no período homólogo de 2014, anunciou hoje a empresa.

Em comunicado, o PCP considera que são "escandalosos" os lucros apresentados, que "revelam uma absorção quase integral das margens resultantes da baixa do preço do petróleo em benefício dos acionistas da empresa".

"Lucros tão mais escandalosos quanto é conhecido que a sua tributação será feita apenas parcialmente, na medida em que a sede fiscal da empresa se encontra, à semelhança da maioria dos grupos monopolistas em Portugal, situada na Holanda, beneficiando de inaceitáveis vantagens fiscais em prejuízo do Estado português", condenam ainda os comunistas.

O PCP defende por isso que esta situação "mereceria uma intervenção de outro tipo do Governo português".

"O PCP não pode deixar de chamar também a atenção para os inquietantes desenvolvimentos no seio da empresa, visando a liquidação da contratação coletiva e de um conjunto de direitos dos trabalhadores, agravando os seus rendimentos e condições de trabalho, querendo continuar a garantir, em última análise, os elevados lucros agora apresentados", denuncia ainda.

Para o PCP, confirma-se que "a privatização da Galp apenas beneficiou o grande capital que se apropriou ao longo dos últimos anos de colossais montantes em detrimento do Estado, da economia, e dos consumidores de combustíveis".

"E reforçam o inadiável objetivo de recuperar o controlo público do setor energético -- onde se inclui a prospeção, exploração, refinação do petróleo e gás natural - indispensável a uma política, patriótica e de esquerda, que promova o desenvolvimento e crescimento económicos, defenda os direitos de quem trabalha, proteja o ambiente e esteja, não ao serviço da especulação mas sim, do povo e do país", conclui.

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