'Seguristas' e 'Costistas'? "É uma divisão criada de fora para dentro"
Em entrevista exclusiva ao Notícias ao Minuto, o Eurodeputado socialista Carlos Zorrinho faz uma análise ao panorama político atual.
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Política Entrevista
É um dos rostos mais conhecidos do Partido Socialista, tanto ‘cá dentro’ como lá fora. Foi deputado pelo PS na Assembleia da República entre 1995 e 2011. Desde 2014 que representa Portugal no Parlamento Europeu, pelo mesmo partido político. Em entrevista exclusiva ao Notícias ao Minuto, Carlos Zorrinho faz uma análise à atualidade política do país.
Sobre o ‘tema quente’ da semana, nomeadamente as negociações entre o Governo e Bruxelas quanto ao Orçamento de Estado, que foi aprovado na passada quinta-feira em Conselho de Ministros, o socialista considera que a unanimidade foi “fortemente perturbada por aqueles que queriam consolidar uma ‘via única’ neoliberal e focada na austeridade para ser aplicada em toda a Zona Euro”. No entanto, sublinha, “Portugal está a desempenhar um papel determinante na aplicação de uma outra visão, focada nas pessoas e numa leitura inteligente dos tratados”.
Recuando até à data das eleições presidenciais, em que as duas candidaturas próximas do PS (Sampaio da Nóvoa e Maria de Belém) geraram comentários externos sobre “divergências internas" dentro do partido, o eurodeputado recusa essa leitura e diz que a divisão entre ‘Costistas’ (apoiantes de António de Costa) e ‘Seguristas’ (subescritores da política de António José Seguro) é “uma narrativa de divisão” que “foi criada de fora para dentro” do partido.
“Existe como é normal num grande partido democrático, debate interno, pluralismo e diversidade de pontos de vista, que a comunhão de valores e princípios faz convergir nos momentos determinantes. A divisão “Seguristas” / ”Costistas” teve um tempo histórico específico (as primárias do PS). Hoje não faz mais sentido”, considera.
Quanto ao desfecho do sufrágio, que acabou com a eleição de Marcelo Rebelo de Sousa, Zorrinho dá a conhecer as suas expetativas perante o novo Presidente, dizendo esperar que Marcelo, “ao contrário do seu antecessor, seja o Presidente de todos os portugueses e não o Presidente da maioria que o elegeu”.
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