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Marisa já percebeu estranho silêncio de candidatos sobre subvenções

A candidata presidencial apoiada pelo BE, Marisa Matias, afirmou hoje os opositores Marcelo Rebelo de Sousa, Sampaio da Nóvoa e Maria de Belém ficaram em silêncio sobre subvenções vitalícias porque tinham apoiantes entre os deputados que requereram a fiscalização.

Marisa já percebeu estranho silêncio de candidatos sobre subvenções
Notícias ao Minuto

13:55 - 20/01/16 por Lusa

Política Críticas

No final de uma ação de campanha na feira semanal de Vila Nova de Famalicão, distrito de Braga, Marisa Matias foi questionada pelos jornalistas sobre se deveria ter consequências políticas o facto da opositora Maria de Belém estar na lista de deputados que pediram a fiscalização ao Tribunal Constitucional sobre a necessidade da condição de recursos no regime de subvenções vitalícias para ex-titulares de cargos públicos.

"Acho que as pessoas têm de fazer a sua avaliação. Na altura estranhei o silêncio de alguns candidatos relativamente a esta questão, que acho mesmo uma vergonha, mas depois percebi: estamos a falar de uma lista de deputados onde se incluem apoiantes do doutor Marcelo Rebelo de Sousa, do doutor Sampaio da Nóvoa e apoiantes da doutora Maria de Belém", respondeu.

Na opinião da candidata presencial apoiada pelo BE, cabe a estes opositores explicarem-se, uma vez que já tinha dito qual era a sua posição mesmo antes de conhecer a lista de deputados que assinavam este pedido.

Segunda-feira à noite, num comício no Porto, a concorrente a Belém repudiou a "vergonhosa" decisão do Tribunal Constitucional relativa às subvenções vitalícias, considerando que, numa "argumentação tortuosa e completamente contraditória", foi esquecido o princípio constitucional da igualdade.

"A decisão de 2005 estava bem, no sentido certo, no sentido de dizer que não é normal que, ao fim de 12 anos, um deputado ou uma deputada tenha direito a uma reforma vitalícia", reiterou hoje.

Para Marisa Matias trata-se de "um insulto" para com as pessoas, reafirmando a vergonha, não só com "a decisão, mas também de quem requereu" a fiscalização.

Às críticas por fazer um discurso em defesa da Constituição e depois criticar a decisão do Tribunal Constitucional, Marisa Matias foi perentória: "eu tenho direito de dizer se concordo ou não com a decisão e as pessoas têm direito de saber qual é a minha opinião em relação a isso para saberem com quem é que contam. Não há aqui nenhuma contradição".

Para a candidata a Belém, "não está em causa o direito do Tribunal Constitucional decidir em relação a nenhuma das matérias".

"Respeitando o que é o trabalho do Tribunal Constitucional, posso dizer que até pode ser constitucional o que decidiram, mas, no contexto de Portugal e da vida que aqui temos, não é nada justo porque a Constituição tem um princípio basilar que é a igualdade e a igualdade não é garantida com uma decisão destas", vincou.

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