Ribeiro e Castro diz compreender “que Paulo Portas se vá embora”. Ainda assim, considera que o momento não é o adequado. “Ele tinha obrigação de continuar, depois de ter feito um discurso tão brutal e tão radical contra o governo de Esquerda”, afirmou numa entrevista ao i em que o partido e a estratégia do CDS para as presidenciais não são poupados.
Sobre o CDS, diz o antigo líder que este “é um partido useiro e vezeiro na manipulação de eleições internas e nalgumas perseguições cirúrgicas”. E diz mesmo que o atual CDS “é um partido que deixou de pensar coletivamente”.
Na perspetiva de Ribeiro e Castro, o CDS deveria ter preparado a sua estratégia com antecedência. Da mesma forma que a própria coligação PSD/CDS “deveria ter dado mostras nas eleições europeias de que tinha um projeto nacional. De que não eram apenas serviçais da troika”.
Numa altura em que decorrem as presidenciais, o CDS deu o seu apoio a Marcelo Rebelo de Sousa mas Ribeiro e Castro estará ao lado de Henrique Neto nesta campanha. Mas independentemente do candidato, a crítica mantém-se e o alvo principal é Paulo Portas: “o partido fez uma coisa estranhíssima, que foi abrir uma crise de direção em plena campanha”, algo que considera “completamente deplorável e inexplicável”.