Passos pede Presidente "muito próximo" do que foi Cavaco Silva
O ex-primeiro ministro reiterou a ideia de que o vencedor da corrida a Belém não deve ser um “cata-vento” de ideias, mas diz que o rótulo não se destina a ninguém em específico.
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Política PSD
Escusando-se a apontar nomes, Pedro Passos Coelho traçou um perfil bem definido daquilo que gostaria (ou não) de ver no futuro Presidente da República:
“Alguém que não venha trazer para Belém a 'espuma dos dias' e que não funcione como um cata-vento das ideias do dia-a-dia, às vezes, ideias contraditórias que existem na sociedade portuguesa”.
Em entrevista à Renascença, o ex-primeiro ministro disse ainda que gostaria que o mandato do sucessor do atual Presidente fosse “próximo daquilo que tem sido o exercício do mandato presidencial do professor Cavaco Silva”.
E Marcelo Rebelo de Sousa tem, na sua perceção, “uma noção institucional que não difere, na sua natureza, daquela que tem sido a interpretação do professor Cavaco Silva”.
Defendendo que as eleições “não devem ser partidarizadas”, Passos Coelho reiterou que não participará na campanha eleitoral, apesar de apoiar o candidato da sua área política. Nega também que a sua ausência se deva ao receio de “intoxicar” a campanha de Marcelo.
O agora líder da oposição considera que que “há condições” para voltar um dia a ser primeiro-ministro, mas diz ter-se adaptado bem ao seu novo papel político. “Não sou nostálgico, o poder nunca me subiu à cabeça, não mudei muito a minha maneira de estar”, comentou.
Passos Coelho referiu ainda que respeita a decisão de Paulo Portas de deixar a liderança do CDS e diz que o afastamento entre os dois partidos da coligação “foi uma morte natural”.
Sobre a austeridade do programa da troika imposta durante o seu governo, disse que se sentiu “muito social-democrata quando teve de escolher a forma como esses sacrifícios iam ser distribuídos”.
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