Meteorologia

  • 11 MAIO 2024
Tempo
23º
MIN 15º MÁX 23º

Marisa quer Presidente livre dos interesses que põem em causa o país

A candidata presidencial apoiada pelo BE, Marisa Matias, disse hoje que concorre a Belém "por amor" e não por interesse, acreditando que pode haver uma Presidente da República "livre dos interesses que põem em causa a independência" de Portugal.

Marisa quer Presidente livre dos interesses que põem em causa o país
Notícias ao Minuto

22:50 - 12/01/16 por Lusa

Política Candidatos

Marisa Matias discursava num jantar comício com o qual fechou o terceiro dia de campanha em Leiria, no qual apelou a que todos os candidatos e candidatas às eleições de dia 24 de janeiro se apresentem com a cara que têm "e não com uma cara de ocasião".

"Candidato-te porque acredito que pode mesmo haver uma Presidente livre dos interesses que põem em causa a independência do nosso país. Eu não me candidato por interesse e não sendo por interesse só pode mesmo ser por amor", enfatizou, num discurso em que defendeu que "fazer do combate à corrupção uma generalização é exatamente o que favorece os corruptos".

A ligação entre os direitos privados que se misturam com o interesse coletivo é, na opinião da candidata presidencial apoiada pelo Bloco de Esquerda, "o ponto nevrálgico da corrupção", defendendo que "para atuar de forma eficaz contra a corrupção é preciso eliminar todas as zonas escuras da economia que têm a ver com as relações do público e do privado".

Abolir os paraísos fiscais, taxar as mais-valias urbanísticas, punir o enriquecimento ilícito, estabelecer o princípio da exclusividade no exercício dos cargos públicos, acabar com a porta giratória entre o público e o privado e ainda reforçar os meios de investigação criminal são algumas das medidas que Marisa Matias considerou urgentes neste combate.

A eurodeputada do BE explicou que exista uma economia predadora com a qual é preciso acabar, "que vive da vampirização do Estado e do dinheiro dos contribuintes".

"A transparência de toda a vida pública sem exceção é a resposta que vence as ligações obscuras. Atirar lama em todas as direções só serve para absolver os culpados e para poluir a democracia", criticou, numa alusão implícita ao opositor Paulo de Morais.

Segundo Marisa Matias, "outro exemplo desta promiscuidade" são os contratos de associação com colégios privados.

A pretendente a Belém concretizou que todo este tema tem a ver com presidenciais porque "cabe à Presidente da República ser o garante do funcionamento regular das instituições e garantir que a democracia funciona".

O jantar comício em Leiria - que marcou a primeira aparição em campanha oficial do deputado José Manuel Pureza e do antigo coordenador do BE João Semedo - contou ainda com a participação de Andrej Kowalsky, encenador e realizador de cinema que apoia Marisa Matias.

"Cada vez mais estamos a viver num shopping", disse o realizador, criticando as privatizações dos últimos anos.

"Quando fores Presidente vais ter muitas dúvidas e muitas vezes vais enganar-te", ironizou ainda, numa alusão à frase atribuída a Cavaco Silva: "Nunca me engano e raramente tenho dúvidas".

Recomendados para si

;
Campo obrigatório