Mudam-se os tempos, muda-se a tradição. Não haverá primeira-dama
Estas eleições presidenciais estão a ficar marcadas por uma novidade: os cônjuges dos candidatos mantêm-se à margem da atividade política.
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Política Presidenciais
Seja Marcelo Rebelo de Sousa a vencer o sufrágio agendado para o próximo dia 24 de janeiro, seja Sampaio da Nóvoa, a verdade é que não haverá uma primeira-dama em Belém.
Deste facto dá-nos conta, esta segunda-feira, o jornal i que recorda declarações dos dois candidatos.
No caso de Marcelo, o mote de partida é a entrevista dada pelo próprio ao Expresso. O jornal i cita as passagens em que o professor diz que “numa República, diversamente de uma monarquia, a família do Presidente da República não tem um papel a desempenhar em termos políticos”.
“Não há nenhuma obrigação institucional do Presidente ter uma primeira-dama e eu entendo que os planos se devem separar”, acrescentou, referindo-se à sua companheira, Rita Amaral Cabral, que também é professora de Direito, e com quem mantém uma relação de vários anos depois de se ter divorciado da mãe dos seus dois filhos.
Do lado de Sampaio da Nóvoa não é a ausência de um matrimónio que afasta a esposa do candidato das funções de primeira-dama, mas sim a sua profissão.
“Respeito e apoio incondicionalmente que a minha mulher não queira exercer as funções tradicionais de primeira-dama e que queira continuar a sua vida profissional”, disse o ex-reitor ao Diário de Notícias.
No que diz respeito a Maria de Belém, se a candidata socialista for a eleita para se mudar para o Palácio de Belém, o marido, Manuel Pina, será “uma espécie de Dennis Thatcher”, como disse ao jornal i um amigo do casal.
O engenheiro químico, que é casado com a ex-ministra há várias décadas, tem estado sempre ao lado da esposa nas ações de campanha, embora de forma discreta.
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