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É do "interesse nacional" sair do procedimento por défice excessivo

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu hoje que é do "estrito interesse nacional" que Portugal possa sair do procedimento por défice excessivo e comprometeu-se, nesse objetivo, a não aumentar despesa nem diminuir receita até ao fim do ano.

É do "interesse nacional" sair do procedimento por défice excessivo
Notícias ao Minuto

17:20 - 02/12/15 por Lusa

Política António Costa

do estrito interesse nacional que nada aconteça nestes próximos 29 dias que possa perturbar um objetivo que todo o país comunga, que é que o país possa sair do procedimento por défice excessivo. Portanto, este Governo nos próximos 29 dias tudo fará para nem diminuir receita nem aumentar despesa relativamente ao ponto em que estávamos no dia em que tomámos posse", afirmou António Costa.

O chefe do executivo falava no parlamento, durante a apresentação do Programa do XXI Governo Constitucional, em resposta ao líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, que o questionou sobre o objetivo de o défice ficar abaixo dos 3% para que Portugal possam deixar de estar sujeito às regras que se aplicam aos países com défice excessivo.

Na introdução à pergunta, Nuno Magalhães saudou António Costa como primeiro-ministro que não venceu as eleições e na resposta o líder do executivo cumprimentou toda a bancada centrista e afirmou: "Não classifico como vencedor ou perdedor porque já não me lembro desde quando o CDS vai a votos".

"Permita-me que procure atenuar o seu ar algo tenso com uma pequena nota de humor. É verdade que fui eu que negociei com o PCP, mas pelos vistos foram os senhores que ficaram com a cassete", acrescentou António Costa para reiterar que a maioria de esquerda não se limitou a deitar abaixo o anterior governo, mas constituiu-se como alternativa.

Nuno Magalhães tinha pedido uma resposta de sim ou não à questão sobre o cumprimento da meta do défice abaixo dos 3% até ao final do ano, exigindo igualmente que o primeiro-ministro esclarecesse "onde tenciona ir buscar o dinheiro" para compensar medidas que, disse, custarão "pelo menos 2 mil milhões de euros".

"Tenciona aumentar impostos, quais?", perguntou o líder parlamentar centrista.

Na reposta, António Costa sublinhou que o Governo "nada fará para não cumprir os tratados a que está obrigado", apesar de nenhum dos partidos que apoiam o executivo aceitar o tratado orçamental.

"Aquilo que tem por base este entendimento - este acordo, desta posição conjunta, como lhe queiram chamar - é um princípio de enorme transparência. Nós respeitamos a pluralidade da identidade de cada um e convergimos naquilo que consideramos prioritário e essencial para dar resposta ao que consideramos urgente para o país: virar a página da austeridade, permitir mais crescimento, melhor emprego e maior igualdade", afirmou Costa.

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