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Novo Executivo terá a primeira secretária de Estado cega

Tem 34 anos, é formada em Direito e durante vários anos trabalhou na Câmara Municipal de Lisboa. Falamos da socialista Ana Sofia Antunes.

Novo Executivo terá a primeira secretária de Estado cega
Notícias ao Minuto

14:50 - 25/11/15 por Notícias Ao Minuto

Política Ana Sofia Antunes

Nas legislativas não conseguiu ser eleita para a bancada parlamentar do PS, mas chega agora ao Governo de António Costa. “Representar as pessoas com deficiência” é o seu objetivo, revela ao Expresso Ana Sofia Antunes, a nova secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência.

No período de pré-campanha chamou a atenção da imprensa. Caso fosse eleita, a Assembleia da República abriria, pela primeira vez, as suas portas a uma deputada cega. Mas apesar de estar numa posição elegível na lista do PS para o círculo de Lisboa, não conseguiu ser eleita, ficando a um lugar de entrar no Parlamento.

Agora, com a chegada de António Costa à governação, Ana Sofia Antunes ficará para sempre na história, como a primeira secretária de Estado cega.

Formada em Direito, a nova responsável para a Inclusão de Pessoas com Deficiência tem 34 anos e durante vários anos trabalhou na Câmara de Lisboa, ‘ao lado’ de Costa. Assessorou o vereador da Mobilidade na autarquia e exerceu também funções de assessoria jurídica.

Atualmente, Ana Sofia Antunes presidia à Associação dos Cegos e Amblíopes e era provedora do cliente na Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL).

Nunca gostou da expressão invisual

Cega ou deficiente visual são palavras com outra força de reconhecimento. Portugal é “um país que não respeita os seus deficientes, não tem respeito por si próprio”, disse em entrevista ao Público no período pré-eleitoral.

“Nós, ao contrário de outros países europeus, nunca tivemos pessoas com deficiência a ocupar cargos como deputados ou no Governo””, uma lacuna que “diz muito” sobre o nosso país.

Por isso prometeu que se fosse eleita tinha já duas propostas na calha: bater-se pelas medidas compensatórias dos custos de deficiência e pela criação de uma lei de bases da vida independente. “Se tenho uma deficiência motora, não tenho culpa de ter nascido com esta característica”, disse Ana Sofia Antunes.

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