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Executivo de Passos é o mais curto da história da democracia portuguesa

O Governo PSD/CDS-PP liderado por Pedro Passos Coelho vai ser o executivo mais curto da história da democracia portuguesa ao governar por apenas 28 dias.

Executivo de Passos é o mais curto da história da democracia portuguesa
Notícias ao Minuto

14:02 - 25/11/15 por Lusa

Política Governo

Pedro Passos Coelho foi empossado pelo Presidente da República como primeiro-ministro do XX Governo Constitucional no dia 30 de outubro e cessará funções na quinta-feira, dia 26 de novembro, com a posse do XXI Governo Constitucional liderado por António Costa.

Os mais curtos Governos que Portugal já conheceu duraram um mês e meio e três meses, sendo o primeiro provisório e liderado por Vasco Gonçalves, em 1975, e o segundo Constitucional e chefiado por Nobre da Costa, em 1978.

O Presidente da República marcou hoje a tomada de posse do XXI Governo Constitucional para quinta-feira, no Palácio Nacional da Ajuda.

Com a posse do novo Governo, o XX Governo Constitucional entra para a história como o mais curto de sempre em Portugal de todos os executivos pós-25 de Abril.

Antes do Governo liderado por Passos Coelho, o mais curto tinha sido o V Governo provisório, que durou 43 dias, entre 08 de agosto e 19 de setembro de 1975.

O mais curto Governo Constitucional, liderado por Alfredo Nobre da Costa, que esteve no cargo 86 dias, também caiu por via de a uma moção de rejeição.

Este executivo (III) foi o primeiro de iniciativa do Presidente da República, e esteve no poder entre 29 de agosto a 22 de novembro de 1978.

Portugal conheceu seis Governos provisórios entre 1974 e 1976, período bastante atribulado politicamente. O primeiro foi nomeado menos de um mês depois do 25 de Abril, tendo Adelino da Palma Carlos como primeiro-ministro, e dois meses depois já tomava posse o II Governo provisório, de Vasco Gonçalves.

Os três Governos seguintes também foram chefiados por Vasco Gonçalves, entre os meses de setembro de 1974 e 1975.

O VI e último Governo provisório, liderado por José Pinheiro de Azevedo, esteve em funções durante 10 meses, até julho de 1976.

Dois anos depois da 'Revolução dos Cravos' era eleito o I Governo Constitucional, liderado pelo socialista Mário Soares, em funções de julho de 1976 a janeiro de 1978. Mário Soares liderou também o II Governo, em coligação com o CDS, que esteve em funções entre janeiro e agosto de 1978.

Depois do executivo de Nobre da Costa, durou sete meses e meio o IV Governo Constitucional, de iniciativa presidencial, chefiado por Carlos Mota Pinto entre novembro de 1978 e julho de 1979.

De novo por iniciativa do chefe de Estado, o V Governo tomou posse em agosto de 1979. O único executivo liderado por uma mulher, Maria de Lurdes Pintasilgo, esteve em funções apenas cinco meses.

Em dezembro de 1979 foi formado o VI Governo, uma coligação entre PSD/CDS/PPM, com Francisco Sá Carneiro empossado como primeiro-ministro em janeiro de 1980. O mandato foi inesperadamente interrompido com a morte do líder social-democrata a 04 de dezembro desse ano.

Um mês depois tomou posse o VII Governo, da mesma coligação, liderado por Francisco Pinto Balsemão, que esteve em funções até setembro de 1981, repetindo-se depois o mesmo formato com o VIII Governo.

O único executivo de 'Bloco Central' foi o IX Governo Constitucional e resultou das eleições de 25 de abril de 1983, da coligação pós-eleitoral PS/PSD, com Mário Soares de volta à chefia do executivo.

A 06 de outubro de 1985 é eleito o X Governo, com o social-democrata Aníbal Cavaco Silva a chegar a primeiro-ministro, executivo que foi derrubado quase dois anos depois, com a aprovação de uma moção de censura do Partido Renovador Democrático.

Essa aparente 'derrota', acabaria, contudo, por levar a duas maiorias absolutas de Cavaco Silva nos XI e XII Governos, até 28 de outubro de 1995. Cavaco Silva foi o primeiro-ministro que mais anos permaneceu no cargo, dez no total.

No final de outubro de 1995 tomou posse o XIII Governo, chefiado pelo socialista António Guterres, reconduzido quatro anos depois. O mandato do segundo executivo de Guterres (XIV Governo) acabaria em abril de 2002, com a sua demissão.

O 'destino' do XV Governo foi semelhante, com o social-democrata Durão Barroso a demitir-se do cargo de primeiro-ministro dois anos após a tomada de posse do executivo de coligação PSD/CDS-PP, para assumir funções de presidente da Comissão Europeia.

Sem eleições, a 17 de julho de 2004 tomou posse novo executivo liderado por Pedro Santana Lopes, na base da mesma coligação. O XVI Governo cessou funções passados oito meses, com a dissolução do parlamento pelo então Presidente da República Jorge Sampaio.

As legislativas de 2005 ditaram o início da governação de José Sócrates, com o socialista a liderar dois executivos: o primeiro maioritário, de 2005 a 2009, e o segundo minoritário, de 2009 a 2011.

Em junho de 2011, Pedro Passos Coelho é empossado primeiro-ministro do XIX Governo Constitucional, executivo de coligação PSD/CDS-PP, que cumpriu os quatro anos de mandato.

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