"Muro de Berlim entre partidos de Esquerda caiu"

António Costa admite que o PSD tem o “ónus de criar condições de governabilidade”, mas insiste que é seu “dever criar condições que contribuam para a estabilidade política em Portugal”.

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Goreti Pera
16/10/2015 21:06 ‧ 16/10/2015 por Goreti Pera

Política

António Costa

Numa entrevista concedida esta noite à TVI, o secretário-geral do Partido Socialista garantiu que “o muro de Berlim [que separava os partidos de Esquerda], que era um resquício do PREC, caiu”.

No ‘Jornal das 8’, António Costa explicou que “é prematuro” dizer se PS, PCP e Bloco de Esquerda (BE) chegarão a um “acordo de incidência parlamentar” ou se PCP e BE integrarão o governo. O foco, garante, tem sido dado a “questões programáticas”, deixando de fora “fronteiras dificilmente intransponíveis sobre as quais não há entendimento”.

A participação na NATO, por exemplo, é algo que não está na agenda, porque PS e os partidos à sua esquerda têm-se focado “no que deve constar no próximo programa de governo”.

“Ninguém pediu ao PS para deixar de ser o que sempre foi ou o mesmo ao PCP. Temos estado a trabalhar em medidas prioritárias”, vaticinou, acrescentando: “Não vamos falar de lugares antes de nos entendermos sobre políticas. O PS não quer ir para o poder a qualquer custo. Nós temos que trabalhar naquilo que faz sentido e isso é ter um governo estável”.

Ainda que assuma que “sendo o PSD o partido que tem maior representação parlamentar" e, por isso, cabe-lhe "naturalmente o ónus de criar condições de governabilidade”, António Costa frisa que “não havendo uma maioria que dê estabilidade ao governo, a solução passa por negociações. E todos os partidos têm igual legitimidade”.

“É meu dever criar condições que contribuam para a estabilidade política em Portugal”, atirou, admitindo que não formará Executivo com a “vida assegurada para um ano sem saber o que vem a seguir”.

No atual quadro político, António Costa considera que “o PS está com melhores condições de poder liderar uma solução governativa mais estável porque dispõe de uma maioria mais sólida na Assembleia da República do que a Direita”.

 

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