Costa criou "vazio negocial" com coligação para exaltar a esquerda
Eurodeputado acredita que António Costa montou uma estratégia para a reunião com a coligação.
© Global Imagens
Política Paulo Rangel
Paulo Rangel acusa, esta terça-feira, António Costa de não ter apresentado nenhuma proposta durante a reunião com a coligação propositadamente, para poder "criar um vazio negocial" e depois, “em tom tonitruante, fazer contrastar esse vazio com a alta produtividade das reuniões com os comunistas e seus apêndices".
Para o eurodeputado é "deveras intrigante" que o líder socialista tenha optado por esta abordagem quando poderia dizer que "apesar de estar contra a respetiva política, tinha conseguido atenuá-la, remediá-la, melhorá-la".
Pelo contrário, entregou à coligação "a tarefa caricata de escolher as fatias do programa do PS com as quais pode transigir".
Para Rangel, a atitude demonstra a ambiguidade com que o secretário-geral do PS se tem pautado ao longo da sua candidatura e em que tanto "recusava a vir aprovar qualquer orçamento" como "exaltava a bondade e a necessidade de consensos" ou como "prometia o paraíso na terra com o fim de todos os sacrifícios" e depois defendia "uma política prudente e responsável".
Esta sua atitude, refere no artigo que assina no Público, "gerou amarras" a Costa, pois ao "exaltar as reuniões com a extrema-esquerda", mesmo que venha a entender-se com a coligação "já criou uma antecâmara de desconfiança e de indefinição".
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