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"Ficou mais clara do que nunca a urgência da minha candidatura"

O candidato presidencial António Sampaio da Nóvoa defendeu que os resultados das legislativas tornaram "mais clara do que nunca" a urgência da sua candidatura, sublinhando que não está "dependente de nada nem de ninguém".

"Ficou mais clara do que nunca a urgência da minha candidatura"
Notícias ao Minuto

18:47 - 08/10/15 por Lusa

Política Presidenciais

"Tenho em conta os resultados das eleições legislativas, ficou mais clara do que nunca a urgência desta candidatura. Faz falta um Presidente da República que seja capaz de representar todos os portugueses e de construir compromissos históricos num tempo tão exigente da nossa vida coletiva. Um Presidente que não exclua ninguém", afirmou Sampaio da Nóvoa.

Depois de na terça-feira o PS ter decidido dar liberdade de voto aos socialistas na primeira volta das eleições presidenciais, Sampaio da Nóvoa sublinhou que apresentou a sua candidatura há mais de cinco meses, "em nome da cidadania", sem esperar pelo apoio de nenhum partido, e que não está "dependente de nada, nem de ninguém".

Numa declaração, sem perguntas dos jornalistas, o antigo reitor da Universidade de Lisboa manifestou-se surpreendido pelo facto de a comunicação ao país do Presidente da República, Cavaco Silva, ter sido proferida antes de receber os partidos e vincou que teria agido de outra maneira.

"A interpretação dos resultados eleitorais deve ser feita na sua plenitude, com independência, sem leituras parciais ou parcelares. Para enquadrar os limites da sua intervenção, o senhor Presidente da República mencionou vários tratados, regras e compromissos do nosso país, no plano europeu e atlântico, mas não se referiu, com a centralidade necessária, à Constituição", defendeu.

Para Sampaio da Nóvoa, "numa democracia parlamentar nenhum partido representado na Assembleia da República deve ser colocado, ou deve colocar-se, imediatamente, à margem das soluções de governação", porque "não há partidos nem cidadãos de primeira ou de segunda".

"A interpretação dos resultados parece-me clara. Os portugueses manifestaram a vontade de, prudentemente, virar a página da austeridade e de construir políticas de desenvolvimento económico e de justiça social, num quadro de inovação e de defesa do Estado social", afirmou, considerando ainda que os portugueses manifestaram também o "desejo de continuidade na relação com a Europa" ainda que com reforço da autonomia no seio das instituições.

O professor universitário, que considerou que faz falta "um Presidente capaz de acolher e de apoiar as alianças necessárias à estabilidade governativa, um Presidente sem preconceitos e sem tabus", defendeu que, "depois das eleições não pode ficar tudo na mesma na mesma" na estratégia europeia, económica e social.

"Não foi o fim de nada, mas foi o princípio de um movimento de mudança que se encontra, há demasiado tempo, à procura de uma representação política comum", declarou.

O candidato a Belém sublinhou que "um Presidente deve estar acima dos partidos, e não lhes deve impor a sua vontade", deve "ser um árbitro, e não árbitro e jogador ao mesmo tempo".

"Os portugueses estão cansados de atitudes parciais, de intrigas partidárias, de jogos de bastidores. Exigem que o interesse nacional esteja sempre acima dos interesses particulares", afirmou.

Sampaio da Nóvoa afirmou que "nos últimos dias, aberto o tempo das presidenciais", tem vindo a receber "palavras de incentivo de todo o país, de independentes e de militantes e simpatizantes de todos os partidos com representação parlamentar".

"O que sempre me animou foi, e é, a coragem das pessoas, anónimas, que sente esta candidatura como um sinal de esperança e de futuro. Porque agora é que é mesmo preciso um Presidente presente, um Presidente capaz de acordar Portugal, um Presidente de causas", declarou.

[Notícia atualizada às 19:20]

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