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"Que fique claro: não será pelo Bloco que Direita irá formar Governo"

A coordenadora do Bloco de Esquerda já discursou em reação aos resultados desta noite eleitoral, que descreve como o “melhor resultado de sempre”, caso se confirmem as projeções avançadas.

"Que fique claro: não será pelo Bloco que Direita irá formar Governo"
Notícias ao Minuto

22:16 - 04/10/15 por Pedro Filipe Pina

Política Catarina Martins

O Bloco de Esquerda poderá passar a ser a terceira força política na sequência das eleições desta noite. E Catarina Martins fez um discurso que, mais do que de vitória, foi já uma forma de sinalizar a posição dos bloquistas perante a vitória da coligação PSD/CDS, sem maioria absoluta, como têm apontado todas as projeções.

“A coligação de Direita será certamente a candidatura que teve mais votos, mas perdeu votos e perdeu mandatos”, afirmou Catarina Martins, que adiantou logo de seguida a posição do Bloco de Esquerda, que sai reforçado destas eleições: “Que fique bem claro: não será pelo Bloco que maioria conseguirá formar Governo”.

“A coligação de Direita minoritária não será Governo em Portugal se a democracia não lhe der maioria e com o Bloco não será certamente”, salientou Catarina Martins, que deixou também uma mensagem a outros partidos e a Cavaco Silva.

"A confirmar-se, se o Presidente da República, por filiação partidária ou pouca atenção aos votos”, optar por aprovar a formação de governo por parte do PSD e CDS, “saiba [Cavaco Silva] que o Bloco de Esquerda vai rejeitar essa possibilidade”, disse. “Esperamos agora a resposta dos outros partidos. A do Bloco é clara”, reforçou.

Já sobre os resultados do seu partido, a líder dos bloquistas realçou que o Bloco tem “mais votos, mais mandatos e mais força do que nunca”, caso se concretizem as projeções, entretanto “já alicerçadas em votos contados”.

“Compreendemos a confiança de mais de meio milhão de eleitores e digo-lhes a cada um e a cada uma: O Bloco de Esquerda vai cumprir a sua palavra”, afirmou, por entre sonoros aplausos que se ouviram no Cinema São Jorge, em Lisboa.

“Portugal precisa de curar as feridas da pobreza, precisa de investimento para emprego, precisa de aumentar salário mínimo”, afirmou ainda Catarina Martins, acrescentando que a “dívida deve ser restruturada” a bem do Estado Social” e que o Bloco fará o seu melhor “contra a chantagem financeira”.

Catarina Martins deixou ainda uma última palavra, para a vida interna do próprio partido: “Quando a luta é difícil, é aí que se vê como se agiganta a capacidade de cada um”, afirmou em elogio aos ativistas que apoiaram a campanha do Bloco de Esquerda, deixando ainda elogios, invocando o nome de cada um, dos deputados do Bloco da legislatura que agora findou.

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