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No domingo terá 16 opções de voto. Sabe quais são?

Não têm assento parlamentar, mas apresentam-se a eleições para conseguir eleger deputados e ganhar uma voz na Assembleia da República. Nos boletins de voto de 4 de outubro, serão 16 as opções. Sabe quais são?

No domingo terá 16 opções de voto. Sabe quais são?
Notícias ao Minuto

07:50 - 30/09/15 por Goreti Pera

Política Legislativas

Depois de, há quatro anos, 17 forças políticas terem ido a votos, os portugueses preparam-se para, no próximo dia 4 de outubro, escolher uma entre as 16 opções constantes nos boletins de voto.

Além dos partidos que atualmente têm assento parlamentar (PSD/CDS, PS, PCP/PEV e BE), mais 12 forças partidárias, quase todas de esquerda, concorrem por um lugar em São Bento.

Ainda que com poucos recursos e tempo de antena nas televisões, aqueles que são comummente designados de pequenos partidos tentam travar grandes lutas. Conseguir eleger um deputado é, para a maioria, o desafio.

É possível, a avaliar pelas sondagens, que o Partido Democrático Republicano (PDR) o consiga. O partido criado este ano pelo ex-bastonário da Ordem dos Advogados Marinho e Pinto tem a justiça como uma das principais bandeiras e propõe-se a alterar o sistema judicial em Portugal.

Bem posicionado para conseguir eleger um mandato está também o Livre/Tempo de Avançar de Rui Tavares e Ana Drago, que concorre pela primeira vez às legislativas e está apostado em reestruturar a dívida, suspender as Parcerias Público-Privadas e referendar novos tratados da União Europeia.

A dívida pública é também uma preocupação da plataforma Agir, que agrega o Partido Trabalhista Português (PTP) e o Movimento Alternativa Socialista (MAS) e é encabeçada por Joana Amaral Dias. Anunciada em março, esta coligação aposta no combate à corrupção e visa impedir o perpetuar dos mesmos atores políticos no poder.

Mais transparência na política e promoção do emprego é o que reivindica o Nós, Cidadãos!, um movimento fundado em junho do presente ano, que rejeita a definição ‘pequeno partido’ e se candidata a todos os círculos eleitorais. Mendo Castro Henriques assume-se como líder.

Apostado em alargar o regime de incompatibilidades entre a política e os negócios e mudar o regime está o Partido Popular Monárquico (PPM), que, apesar de não ter um lugar no Parlamento, concorreu a quase todas as eleições desde 1974.

Aos eleitores, os representantes do Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses/Movimento Reorganização do Partido do Proletariado (PCTP/MRPP), de inspiração marxista e maoista, prometem a saída do euro e a entrada numa nova moeda: o novo escudo.

Aquele que é um dos mais antigos partidos em Portugal conseguiu o seu melhor resultado em 2011, mas não foi suficiente para eleger um deputado.

Nesse mesmo ano, estreava-se nos boletins de voto o Partido-Pessoas-Animais-Natureza (PAN), que luta pelo reconhecimento da dignidade dos animais não humanos. As questões ambientais são também uma preocupação.

A defender os princípios da doutrina social da Igreja Católica está o Partido Cidadania e Democracia Cristã (PVP/CCD), que concorre apenas por quatro ciclos eleitorais (Aveiro, Braga, Santarém e Viana do Castelo) e apela à revogação da lei do aborto, insurgindo-se ainda contra o casamento homossexual.

Os reformados e pensionistas formam o Juntos pelo Povo, fundado no início do ano por um movimento de cidadãos criado na Madeira, e o Partido Unido dos Reformados e Pensionistas (PURP), a mais recente formação política em Portugal.

O primeiro defende que a habitação da família seja “impenhorável”, deseja aplicar maior transparência na gestão das dívidas à Segurança Social e estimular a criação de sistemas privados de pensões complementares ao modelo atual. Já o segundo empenha-se no sentido de que as pensões mais baixas sejam equivalentes ao salário mínimo, pelo fim das penalizações para quem pede reforma antecipada e pela criação de um banco de medicamentos grátis.

E a provar que nem só as contas entram na equação, o que o Movimento Partido da Terra (MPT) pretende medir não é o Produto Interno Bruto (PIB), mas a Felicidade Interna Bruta (FIB), fazendo Portugal subir no ranking no que a este indicador diz respeito. É a vocação ecologista que lhe dá nome.

Na extrema-direita, a força política liderada por José Pinto Coelho surge como uma opção nos boletins de voto. O Partido Nacional Renovador (PNR) quer cortar nas gorduras do Estado e alterar a lei da nacionalidade. Concorreu a quatro eleições legislativas, mas nunca elegeu deputados.

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