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CDU quer eleições a afastar todo o Governo da "arte dos esquemas"

O líder da Coligação Democrática Unitária (CDU) desejou hoje que as legislativas de domingo arrastem todo o elenco governativo da "arte dos esquemas" estatísticos para fora dos ministérios e não só a responsável das Finanças.

CDU quer eleições a afastar todo o Governo da "arte dos esquemas"
Notícias ao Minuto

12:28 - 29/09/15 por Lusa

Política Legislativas

"O tratamento estatístico, contabilístico, esta arte de substituir a verdade por esquemas não é novidade neste Governo. O problema não se resolve com o afastamento da ministra, resolve-se no dia 04 (de outubro, domingo), com o afastamento dos partidos do Governo (PSD/CDS-PP), que leve também a atual ministra. Isto não pode ser à peça", afirmou Jerónimo de Sousa, numa "arruada" na Parede, Cascais.

Entretanto, o executivo de Passos Coelho e Paulo Portas, através do Ministério das Finanças, já negou quaisquer "manipulação ou ocultação de contas" da Parvalorem, empresa gestora dos ativos tóxicos do ex-BPN, para que os prejuízos fossem menores em 150 milhões de euros e não influenciassem o défice de 2012, segundo notícia da Antena 1.

O secretário-geral comunista lamentou mais uma "manigância para esconder aos olhos dos portugueses mais um pequeno buraco", o qual "demonstra que, também no plano ético, este Governo falhou", salientando que o "buraco negro do BPN" já sugou "mais de cinco mil milhões de euros".

Questionado sobre os dados do Instituto Nacional de Estatística sobre a taxa de desemprego em agosto, que subiu 0,1% face a julho para 12,4%, o cabeça de lista da CDU por Lisboa remeteu-os para o mesmo rol de manipulações estatísticas já referido.

Durante o percurso entre o largo da estação de comboios da Parede e a avenida da República, Jerónimo de Sousa foi recebendo e distribuindo abraços e beijos, apoios e sugestões, até de um "camarada".

"Não sou do seu partido, mas vou votar em si porque admiro-o muito. É verdadeiro e está a abrir mais o PCP", afirmou o septuagenário Armando Silva, comerciante de fruta reformado por invalidez devido a um acidente vascular cerebral e que antes "votava sempre PS".

Mais à frente, Manuel Pimenta, militante comunista de 68 anos e antigo técnico de telecomunicações por satélite, também aposentado, alertou Jerónimo de Sousa para "a grande oportunidade".

"O partido não pode perder esta ocasião! Temos de contribuir para haver uma maioria estável de esquerda. Pode ser só um acordo de incidência parlamentar", aconselhou, referindo-se a um possível entendimento com os socialistas.

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