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"Estou aqui para as curvas mas isto não é eterno"

Jerónimo de Sousa manter-se-á no PCP até ter condições ou até que lhe seja permitido. Em entrevista ao jornal i, explicou as promessas para as legislativas e lançou críticas ao PS.

"Estou aqui para as curvas mas isto não é eterno"
Notícias ao Minuto

09:12 - 04/09/15 por Notícias Ao Minuto

Política Jerónimo de Sousa

Jerónimo de Sousa, líder do Partido Comunista Português, em entrevista ao jornal i, fala abertamente sobre as propostas do PCP para as próximas legislativas, acusando o PS de se alinhar numa política de direita. Porém, mostra que o seu partido está disponível para entendimento, desde que haja uma política patriota.

“Honra-nos muito termos estado sempre do lado daqueles que sofreram (…) nos últimos quatro anos”, “coisa que alguns não fizeram”, acusa o secretário-geral do PCP, ‘apontando o dedo’ ao Partido Socialista. O PS “desapareceu de combate. Não só desertou como, ainda por cima, no essencial comprometeu-se com a chamada troika”, acrescenta.

O líder comunista acredita que os portugueses terão de escolher entre duas opções: “a continuidade deste trabalho de ruína e desastre, que resulta da política de direita, ou um caminho novo, rompendo com o que vem sendo executado”.

Em relação às ideias para o futuro, Jerónimo de Sousa revela a “necessidade de um crescimento e desenvolvimento soberano”. Frisa que é preciso um “aumento da produção nacional e do aparelho produtivo”, não descurando o investimento privado, mas salvaguardando que se confunde “investimento privado com as privatizações”.

O PCP considera “importante a renegociação da dívida, nos seus montantes, prazos e juros e, simultaneamente, uma moratória do serviço da dívida que liberte meios a serem postos ao serviço deste crescimento e desenvolvimento económico”. Jerónimo de Sousa reitera que se trata de um “processo de renegociação”, considerando que este foi um dos grandes erros dos partidos que assinaram o memorando com a troika.

A saída do euro é outra das bandeiras do PCP. “Entrar no euro foi uma aventura” e uma “saída súbita seria uma aventura”, contudo o secretário-geral do PCP crê que há uma “grande irresponsabilidade” em não se estudar e preparar essa saída, lembrando que a moeda foi distribuída em países “com economias muito diferentes".

Quando questionado sobre o seu futuro, Jerónimo de Sousa é perentório: “Estou aqui para as curvas mas isto não é eterno”. “Por mim estou em condições de continuar, embora com esta ideia: um dia sairei desta responsabilidade, enquanto tiver capacidade para decidir também e para fazer esse juízo de valor”, conclui.

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