"Prometa-se 'a metro' que as eleições estão à porta"
O eurodeputado Nuno Melo falou sobre a promessa socialista das Scut e a forma como esta foi transformada ao longo dos anos.
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Política Nuno Melo
Nuno Melo, no habitual comentário ‘Linhas Direitas’ no Jornal de Notícias, relembra esta quinta-feira aquilo que designa por “um absurdo em cinco atos”, referindo-se ao caso das Scut, desde a forma como foram introduzidas até ao uso que agora o Partido Socialista (PS) lhes pretende dar.
“Primeiro, era o Éden. Fazer sem custos. Só a direita de vistas curtas não via além”, escreve o eurodeputado, mostrando que o ministro da Presidência da altura se esforçava para “demonstrar o milagre da multiplicação dos recursos que se julgavam escassos”.
Enumerando por pontos, o centrista explica que “os anos passaram e a fantasia chocou de frente com a realidade”. “As Scut – não foi por falta de aviso da direita que tem essa particularidade maçadora de insistir em fazer contas – revelaram-se um desastre financeiro. O custo que os utilizadores não sofreriam, mede-se agora à passagem de cada pórtico”, salvaguarda.
“Desastre financeiro? Prejuízos? Não importa nada. Prometa-se 'a metro' que as eleições estão à porta”, escreve o membro do CDS. António Costa mostrou que a questão de estudar a possibilidade das portagens pagas servirem para financiar a Segurança Social era “interessante”, contudo, há cerca de dois meses, em entrevista à TVI, “anunciou a intenção de rever as portagens na Via do Infante”.
“Uma coisa e o seu contrário, mesmo em quem se disponha a prometer tudo a todos, a pensar nuns tantos votos, simplesmente não pode ser”, frisa Nuno Melo. Mais ainda, o PS mostrou vontade de “reduzir a TSU dos trabalhadores e transferir 10% do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social para obras de reabilitação urbana na área social”.
“Tudo sopesado, num cinclo que ilustra o perfeito absurdo, com António Costa seria assim: Portagens que não existiriam, mas afinal se cobram, em valor apesar de tudo insuficiente para pagar o desastre financeiro de uma promessa rodoviária socialista, capitalizarão a Segurança Social já de si deficitária, à qual não obstante se amputarão receitas da TSU e se retirarão 1,4 mil milhões de euros, para utilização em obras de reabilitação urbana com prejuízo garantido”, conclui Nuno Melo.
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