Rio assume em outubro. E lança farpas a Marcelo
No artigo intitulado 'Presidenciais: ponderação em nome da responsabilidade', no Jornal de Notícias, o ex-autarca do Porto, Rui Rio, fez saber que o anúncio da sua candidatura às presidenciais vai acontecer após as legislativas.
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Política Presidenciais
"Assumi em 2013, na altura em que regressei à minha atividade profissional, que poderia voltar à vida pública se sentisse esse desejo numa parte significativa dos portugueses e se acreditasse que tinha condições para contribuir decisivamente para um alargado conjunto de reformas que considero fundamentais para o futuro do país e que, desde há muito, tenho vindo a defender", escreve Rui Rio num artigo publicado esta quarta-feira no Jornal de Notícias.
O ex-autarca diz ter ponderado bem a escolha da data para o anúncio da sua candidatura a Belém, assumindo que esteve para já a ter apresentado mas que acabou por recuar, achando mais sensato oficializar mais tarde a sua intenção. "Tenho ponderado não só a própria candidatura, como o hipotético momento de a assumir; em particular, se deveria ser antes ou depois das legislativas", explica.
Assim, faz sobressair: "O resultado da minha ponderação é o de guardar para depois das legislativas a decisão final sobre uma candidatura a Presidente da República".
Rio aproveita ainda para deixar críticas ao professor Marcelo Rebelo de Sousa, que também poderá ser candidato à direita. Sem nunca referir o seu nome, poucas dúvidas deixou sobre a quem se refere.
"Vão semanalmente transformando espaços de comentário em tempos de antena para a defesa dos seus objetivos políticos", observa.
Para Rui Rio, Marcelo Rebelo de Sousa é o "elemento deformador da igualdade de oportunidades democráticas que é a razão primeira para alguns defenderem a priori que os candidatos só se devem apresentar em outubro, ou seja, quanto mais tarde melhor – porque quanto mais tarde, durante mais tempo se consegue usufruir de palcos".
Rui Rio fala ainda sobre as notícias veiculadas nos últimos tempos que davam conta de que o seu anúncio iria acontecer em junho, depois em julho, em setembro ou em outubro, que tinham "apenas o objetivo político de tentar dar a falsa ideia de que haveria permanentes avanços e recuos" da sua parte, ou seja, tinham a intenção de o ferir publicamente.
Tinham o intuito "de me tentar descredibilizar e procurar evitar que eu antecipe para agora a minha decisão final, demonstra uma certa obsessão e revela, acima de tudo, grande receio perante a dimensão que uma candidatura minha poderá tomar na sociedade portuguesa", concretiza o social-democrata.
"As opiniões perversas, e as múltiplas notícias inventadas no sentido de me condicionarem têm, em mim, um efeito emocional contrário àquele que pretendem os seus autores; ou sejam, impulsionam-se para fazer exatamente o oposto do que querem", frisa ainda.
O antigo presidente da Câmara do Porto termina acrescentando que não quer ser uma espécie de Maria de Belém do PSD, que divide o partido nas legislativas.
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