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Vitor Ramalho critica visão "antipatriótica" do Governo

Vitor Ramalho, secretário-geral da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA) acusou hoje o Governo de ter uma visão antipatriótica e de deitar borda os benefícios futuros da relação com os países lusófonos.

Vitor Ramalho critica visão "antipatriótica" do Governo
Notícias ao Minuto

17:17 - 28/08/15 por Lusa

Política Lusofonia

"A circunstância de este Governo estar a deitar borda fora todos os instrumentos de afirmação das relações com os nossos povos de língua oficial portuguesa é gravissimamente afetadora do futuro", afirmou Vitor Ramalho para quem "isto é ser antipatriota".

Perante uma plateia de dezenas de jovens socialistas, Santa Cruz, no concelho de Torres Vedras, o secretário-geral da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA) lamentou que o Governo "não tenha memória", nem "visão" em relação à importância da língua portuguesa, "a quarta mais falada do mundo" e que abrange 250 milhões de falantes.

"Neste mundo global nós temos uma afirmação única neste espaço que se interliga em quatro continentes" e que tem na língua " um fator de desenvolvimento económico brutal" mas que corre, segundo Vitor Ramalho, o risco de se perder porque "a visão que este Governo tem é uma visão apenas valorativa dos mercados, como se os mercados fossem deuses que compõem tudo".

"Acham possível um país como o nosso afirmar do ponto de vista económico as relações [com os países lusófonos] sem termos nenhuma empresa estratégica sob domínio nacional?", questionou, criticando que a TAP, a EDP ou a REN "tenham sido vendidas a patacos".

Exemplos de "um Estado que desarticulou o próprio Estado" e de "um Governo que não atende ao futuro", delapidando os benefícios da relação histórica com aqueles países em prol de "uma visão tacanha e de merceeiro".

Considerando o posicionamento estratégico de Portugal face aos países de língua portuguesa Vitor Ramalho defendeu que o Governo deveria aproveitá-lo "para dizer a esta Europa que se quiserem ter boas relações e dinamizar a economia em Africa ou na América Latina, têm que contar connosco".

Vitor Ramalho falava no debate sobre " Dialogar na Lusofonia", realizado no âmbito do 'YES Summer Camp', um acampamento de jovens socialistas europeus a cuja organização a JS se candidatou, estando reunidos naquela estância balnear cerca de mil jovens de vários países.

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