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Franquelim Alves entrou aos 16 anos em consultora que à data não existia na Europa

O capítulo do BPN não é o único a gerar controvérsia no que diz respeito à nomeação do secretário de Estado do Empreendedorismo, Franquelim Alves. Novos dados se somam ao livro da polémica, nomeadamente, aquele que reporta ao facto de o currículo do responsável que consta no Portal do Governo referir que aos 16 anos este terá entrado para a consultora Enrnest & Young. No entanto, a empresa só se fixou em território europeu nove anos mais tarde, quando Franquelim Alves já teria 25 anos.

Franquelim Alves entrou aos 16 anos em consultora que à data não existia na Europa
Notícias ao Minuto

11:25 - 07/02/13 por Notícias Ao Minuto

Política Governante

Foi em tenra idade que o novo secretário de Estado do Empreendedorismo, Franquelim Alves, se estreou no mercado de trabalho. Pelo menos, a avaliar pelo currículo do responsável que pode ser consultado na Internet, no Portal do Governo, que indica que este entrou para a consultora americana Ernest & Young com apenas 16 anos.

“Iniciou a sua carreira, em 1970, como auditor e consultor da empresa internacional Ernst & Young, onde atingiu a categoria de Partner in Charge da área de Consultoria de Gestão, desenvolvendo a sua actividade em vários grupos económicos de primeira dimensão nos sectores químico, farmacêutico, cimenteiro pasta e papel, incluindo projectos de reestruturação financeira e de gestão em empresas portuguesas e angolanas (navegação, aviação, cimentos e petróleos) ”, pode ler-se no site mencionado. Se Franquelim Alves, de acordo com o mesmo documento, nasceu em 1954, em 1970 tinha, então 16 anos.

Acontece que na página online da Ernest & Young está bem patente que a empresa só se fixou em território europeu no ano de 1979, havendo, portanto, um hiato de nove anos entre a data indicada pelo Governo e a que a consultora aponta. Assim, em 1970 seria, pois, improvável que o secretário de Estado, na altura adolescente, ali trabalhasse.

A nomeação do responsável tem sido deveras contestada pela oposição em virtude das suas ligações ao BPN, uma vez que foi administrador da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), holding que controlava o banco. O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, defendeu, quarta-feira, que o secretário de Estado ajudou a “desmascarar a fraude no BPN”, sustentando a afirmação à luz de uma carta que Franquelim Alves teria endereçado ao Banco de Portugal, em jeito de denúncia.

Porém, a missiva em causa, que terá servido apenas para reportar informação sobre o Banco Insular, de Cabo Verde, não foi tampouco da sua autoria, tendo apenas rubricado o documento.

Consulte aqui o currículo de Franquelim Alves.

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