"A coligação não pode servir de desculpa para tudo"
O antigo líder centrista não concorda com muitas das opções de Paulo Portas e acusa-o de estar longe dos militantes em termos de decisões.
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Política Ribeiro e Castro
Ribeiro e Castro não concordou com a forma como a coligação PSD/CDS escolheu os cabeças de lista, principalmente por não ter auscultado militantes ou conselheiros nacionais do partido centrista.
Na carta enviada ao Conselho Nacional do CDS, endereçada a Telmo Correia, presidente deste órgão, e aos vice-presidentes do partido, à qual o Diário de Notícias teve acesso, o antigo líder dos centristas revela que a coligação não pode servir de desculpa a todas as decisões até aqui tomadas.
“Ora a coligação não pode servir de desculpa para tudo, reduzindo todas as escolhas à quota do presidente [Paulo Portas] e à construção do seu presépio”, pode ler-se. Na missiva, Ribeiro e Castro frisa ainda que o partido está com uma “doença funcional”, realçando que o acordo de coligação não chegou a ser aprovado pelo CDS, que apenas votou a declaração bilateral apresentada no dia 25 de abril.
Mais ainda, o ex-dirigente do CDS mostra-se triste com a inexistência de cabeças de lista do CDS, mesmo admitindo que entende as regras do método de Hondt. “A coligação ganharia em credibilidade e consistência – e, portanto, força de atração – se pontualmente os houvesse”, contudo crê que assim não sucedeu porque a “coligação foi frágil”.
“A coligação não desenvolveu aquele grau de entrosamento e de confiança mútua que seria expectável e saudável que tivesse desenvolvido entre quem governou durante quatro anos”, salvaguarda o antigo dirigente do partido.
Ribeiro e Castro elogiou a decisão de Passos e Portas de andarem juntos na campanha eleitoral mas acusou o líder centrista de muitas vezes, em debates quinzenais, “alguns duros e difíceis”, não ter estado junto do primeiro-ministro.
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