"PS repescou o essencial de 2011. Nem desculpas, nem lições"
Num artigo de opinião intitulado de "'Silly season' mas nem tanto", publicado no Diário Económico, o eurodeputado do CDS Nuno Melo deixou algumas críticas ao PS.
© Global Imagens
Política Nuno Melo
A chamada 'silly season' já chegou e com ela chegam as férias do Parlamento, dos tribunais e claro, dos portugueses. "Mas apesar de tudo, este verão não será só mais um verão", afirma Nuno Melo.
Foi na passada semana que o Presidente da República anunciou a data das eleições legislativas: 4 de outubro. Dando assim alguns meses de reflexão aos portugueses para escolherem quem será digno do seu voto em outubro. "No dia 4 de outubro, Portugal irá a votos. Mas as escolhas que serão feitas, terão consequências e leituras dentro e fora", explica.
Para Nuno Melo, "as próximas eleições marcarão a fronteira entre dois ciclos. Um ciclo de excecionalidade de quase quatro anos marcados por um programa de ajustamento imposto pela pré-bancarrota, incapacidade de financiamento nos mercados e avaliações trimestrais de funcionários da troika e um ciclo de normalidade, que beneficiando do sucesso da governação, tornando possível pelos sacrifícios permitidos pelas famílias, trabalhadores, empresários e pensionistas, potenciará maior crescimento, criação de riqueza e emprego".
Num tom crítico em relação ao PS, o eurodeputado frisa que os socialistas já deixaram bem claro o que pretendem fazer caso sejam eleitos. "O PS já mostrou ao que vem. E ainda bem, porque desta forma ninguém dirá que não sabe, ou que nem sequer desconfia do que sucederia, se António Costa pudesse ser primeiro-ministro", indica.
"Este PS repescou o essencial do PS de 2011. Em relação ao passado, nem desculpas, nem lições. E aquilo a que se propõem é o de sempre. Na afirmação da virtude de quem acredita que no gastar é que está o ganho e os impostos dos contribuintes são infindáveis", refere.
Mas Nuno Melo aproveita ainda para elogiar o atual Governo. "O que Portugal alcançou nos últimos quatro anos, com o PSD e o CDS no Governo, foi imenso. Ninguém acreditava, que o tempo de intervenção da troika se limitasse a um só período de resgate", explica e acrescenta que "facto é que Portugal já se financia sem dificuldades, ou pelo menos, com algumas das melhores taxas de juro, comparativamente a muitos outros países da Zona Euro".
"A opção estará entre a volta ao passado com o PS de 2011, ou a revalidação do futuro com os pés assentes na terra, que é como que diz, com o PSD e o CDS no Governo", remata.
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