"Grécia exige vida de solteiro, sem sair de casa e à custa do cônjuge"
O ministro das Finanças que em 2011 deu ‘luz verde’ ao pedido de resgate português recorda que o euro “impõe regras aos países para garantir a sua solidez, credibilidade e estabilidade”.
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Política Ex-ministro
Teixeira dos Santos critica a Grécia, mas também o Eurogrupo. Para o antigo ministro das Finanças do governo de Sócrates, “a entrada no euro implica a aceitação de um quadro de governação económica”. Porém, “a união deve dispor também de instrumentos de prevenção, gestão e resolução das crises a que possa estar sujeito. Sob este aspeto ambos falharam”.
A opinião surge num texto publicado este sábado no Jornal de Notícias, onde o antigo governante adivinha a hipótese de um “divórcio” entre Grécia e União Europeia, caso o ‘não’ triunfe no referendo de domingo.
Na perspetiva de Teixeira dos Santos, em causa está um casamento em que a Grécia tem visto o seu cônjuge a impor-lhe “grandes sacrifícios, mas sem melhorias visíveis”.
Por outro lado, “a Grécia exige ter vida de solteiro, mas sem sair de casa e à custa do cônjuge”, critica o antigo governante, que deixa também um alerta para o futuro.
“O Eurogrupo terá que avaliar se os custos desta saída são ou não mais elevados que os de um novo regate à Grécia. Em minha opinião, acho que sim”, escreve o antigo ministro, especificando que uma saída da Grécia do Euro abre caminho a que outros países, quando confrontados com nova crise, possam estar sujeitos a um cenário em que serão mais facilmente vítimas de apostas e especulação dos mercados.
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