'Nai' ou 'Oxi'? Como votariam os dirigentes políticos portugueses?
A questão foi colocada aos políticos portugueses. As respostas diferem, destaca o semanário SOL.
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Política Referendo
Numa altura em que é grande a expetativa em torno do resultado do referendo grego, o semanário SOL lançou um desafio aos políticos portugueses. 'Nai' (sim) ou 'Oxi' (não)? Que opção escolheriam os dirigentes dos principais partidos portugueses?
O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, explica que “quem acredita, como eu acredito, no projeto político, económico e social da Europa e da União Monetária, não pode desejar ou apoiar uma vitória do ‘não’. Uma eventual vitória do ‘não’ implicaria mais problemas e incerteza para os gregos e perturbações expectáveis para os restantes países”.
No mesmo sentido, o líder parlamentar do CDS, Nuno Magalhães, responde sem hesitar que o ‘sim’ é o único voto possível. “É importante estar no euro e na União Europeia. Perante a irresponsabilidade do governo grego, optaria pela responsabilidade. O referendo não é bom para a Europa, não é bom para a zona euro e não é bom para os gregos”, frisa.
Já o líder parlamentar do PS, Ferro Rodrigues, prefere não revelar qual seria o seu voto, justificando ser "absurdo e paternalista cidadãos não gregos dizerem como votariam”.
O líder parlamentar do PCP, João Oliveira, afirma que “aquilo que é decisivo não é o referendo, mas o seu resultado. Aquilo que é decisivo neste processo político é a resistência do povo grego às exigências da Europa, tal como em Portugal aquilo que é decisivo para o nosso futuro é a luta que o povo trava contra a política de direita”.
Mais assertiva na resposta foi a coordenadora do Bloco de Esquerda. Catarina Martins "votaria ‘não’". "O referendo tem já um impacto positivo que é colocar a escolha das pessoas no centro da política, na Europa”, defende.
Por fim, a dirigente do Livre/Tempo de Avançar, Ana Drago, concorda com Catarina Martins e revela que o seu voto seria no ‘não’. “A Grécia não precisa de mais austeridade e de mais miséria. Esta situação na Grécia agrava a sensação de desconfiança, de mal-estar e de incapacidade das instituições europeias em resolverem o problema”, sustenta.
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