Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
13º
MIN 13º MÁX 19º

Líder do PCP condena posição de Cavaco sobre um possível Grexit

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, condenou hoje a posição do Presidente da República sobre a eventual saída da Grécia da zona euro, considerando ser uma "manifestação clara" da "arrogância" de Cavaco Silva.

Líder do PCP condena posição de Cavaco sobre um possível Grexit
Notícias ao Minuto

21:25 - 30/06/15 por Lusa

Política Críticas

"É uma manifestação clara da pesporrência, da arrogância do Presidente da República, que resolve fazer uma operação numérica como se a questão política de fundo em relação à caracterização da União Europeia, a este processo turbulento, aos anseios dos trabalhadores e do povo gregos" para Cavaco Silva fosse "uma folha de couve e veio um burro e come-a", disse Jerónimo de Sousa, em Beja.

Segundo o líder dos comunistas, que falava aos jornalistas à margem de uma sessão pública de apresentação de João Ramos como cabeça-de-lista da CDU pelo círculo de Beja nas eleições legislativas deste ano, a posição de Cavaco Silva, "no essencial, é perfeitamente condenável".

No passado domingo, em Paços de Ferreira, o Presidente da República disse que "a zona do euro irá sobreviver com a mesma força que teve no passado", já que, apesar de acreditar que a Grécia não vai sair, se isso acontecer ainda ficam 18 países.

"Eu penso que o euro não vai fracassar, é uma ilusão o que se diz. A zona do euro são 19 países, eu espero que a Grécia não saia, mas se sair ficam 18 países", disse Cavaco Silva.

Segundo Jerónimo de Sousa, em relação ao caso da Grécia, há "dois factos" a sublinhar, sendo que o primeiro é o "alinhamento condenável do Governo português PSD/CDS-PP e do Presidente da República, juntando-se àqueles que fazem uma pressão inaceitável sobre o povo grego, contra a soberania, numa prática de ingerência e de pressão inaceitável".

No caso da Grécia, "a chantagem, a pressão demonstram que o Governo português, desavergonhadamente, aliado ao Presidente da República, se encostou aos poderosos contra o povo grego e o seu direito de soberania e a ter uma vida melhor".

O líder do PCP disse que a situação de Portugal "fala por si" e a posição do Governo português, "no essencial, também visa justificar as malfeitorias que fez sobre o povo português, numa posição sempre de alinhamento, sempre de submissão".

"Naturalmente", o Governo português tem a posição que tem em relação à Grécia "porque tem a consciência pouco tranquila do mal que fez aos portugueses durante estes quatro anos".

O segundo facto, disse, "é que estilhaçou aquele princípio tão proclamando da afirmação da coesão e da solidariedade da União Europeia", demonstrando que o diretório de potências e os interesses que comandam a União Europeia "não estão nada interessados em respeitar a soberania e a vontade dos povos".

Segundo o líder do PCP, "o processo que está em curso" em relação à Grécia "também demonstrou que essa historinha da coesão e da solidariedade da União Europeia não passa de conversa fiada, porque nunca existiu, nem existe atualmente".

Recomendados para si

;
Campo obrigatório