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"Num só tweet, Edite Estrela afirmou todo um estado de negação"

O eurodeputado centrista reagiu às palavras de Edite Estrela, que afirmou que a troika não teria vindo caso o PS tivesse ganho as eleições em 2011.

"Num só tweet, Edite Estrela afirmou todo um estado de negação"
Notícias ao Minuto

08:52 - 30/06/15 por Notícias Ao Minuto

Política Nuno Melo

Edite Estrela escreveu no seu Twitter que “se o PS tivesse maioria absoluta não teria vindo a troika”. A estas declarações, o eurodeputado do CDS, Nuno Melo já veio responder.

No seu espaço de opinião no Diário Económico, o eurodeputado fez uma cronologia dos acontecimentos, recordando que foi o antigo primeiro-ministro, José Sócrates, a dizer que já não era possível continuar sem ajuda externa.

Nas palavras de Sócrates ouviu-se à data: “Sempre considerei uma ajuda externa um cenário de último recurso. Tudo tentei, mas julgo que chegámos ao momento em que não tomar essa decisão acarretaria riscos que o país não deve correr”. O memorando de entendimento entre Portugal e a troika foi, aliás, destaca Nuno Melo, subscrito por José Sócrates.

Desta forma, Nuno Melo coloca em cima da mesa um novo cenário. O que poderia ter acontecido caso tivesse sido o PS a ganhar as eleições em 2011? “Imaginemos que a vitória de Sócrates nesse ano e concedamos até, ainda que afortunadamente só para efeitos de raciocínio, a possibilidade da maioria absoluta com que Edite Estrela sonha. Que teria acontecido?”, questiona.

“Teria o PS rasgado o documento que antes negociara e tivera, diga-se, a implicação radical das próprias eleições antecipadas? E fazendo-o, como obteria nos mercados o financiamento negado pelos credores que avaliavam o país como ‘cliente’ de risco?”, interroga.

Para Nuno Melo, nada aconteceria. “O PS cumpriria com a troika aquilo que acordou. Sem apelo, nem agravo. Até pela simples razão de que não restaria qualquer alternativa”, afirma.

“Num só tweet, Edite Estrela afirmou todo um estado de negação que nenhum partido – mais ainda um partido que se diz pronto a governar outra vez – se poderia permitir. Um partido, insiste-se. Edite Estrela é, afinal, a responsável pelo jornal oficial do PS”, frisa.

Em tom crítico, Nuno Melo termina a dizer que “o realismo, como se vê, está todo lá”.

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