Trocas de vencimentos, cúmulo do exercício da advocacia com o de deputado não declarado, bem como o de accionista em sociedades que têm o Direito como principal actividade constituem alguns dos ‘segredos’ que os parlamentares guardam dos cidadãos.
Ou seja, informações como estas não constam no registo de interesses de alguns deputados no site da Assembleia da República, quando seria suposto lá estarem. Em contrapartida, estes responsáveis prestam contas ao Tribunal Constitucional sobre os interesses em causa de forma muito mais minuciosa.
No seio do PSD, Adriano Rafael Moreira, Amadeu Soares Albergaria, José de Matos Correia, Luís Montenegro, ou Paulo Rios de Oliveira são deputados que o jornal i sinaliza como omitindo informações aos cidadãos no que diz respeito ao seu registo de interesses na página da Internet do Parlamento.
Mas também no PS se observam alguns casos. Vitalino Canas ou Alberto Costa integram esse leque, e o CDS-PP não foge à regra. Artur Rego e José Lino Ramos entroncam a lista dos centristas que preferem ocultar informações.
No PCP e no Bloco de Esquerda, não existem, segundo o jornal i, deputados ‘infractores’ a este nível.