"O primeiro-ministro forçou esta nomeação de Carlos Costa"

“Lamentamos que o PS tenha sido apenas informado hoje de manhã”, por telefone, da nomeação de Carlos Costa para mais um mandato, disse o deputado socialista em reação à recondução do governador do Banco de Portugal.

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Notícias Ao Minuto
28/05/2015 15:45 ‧ 28/05/2015 por Notícias Ao Minuto

Política

Pedro Nuno Santos

O PS reagiu em tom crítico ao anúncio da recondução de Carlos Costa como dirigente máximo do Banco de Portugal.

Em declarações aos jornalistas, no Parlamento, Pedro Nuno Santos lamentou que o PS só hoje tenha sido informado pelo Governo, e afirmou mesmo que “esta é talvez a nomeação mais partidarizada a que assistimos nos últimos anos em Portugal”.

“O Governo está em final de mandato, a poucos meses de eleições, e pela primeira vez está a ser feita uma nomeação num ambiente muito pouco consensual e até de contestação, como é o caso de clientes lesados pelo BES”, realçou o deputado socialista, acrescentando que “mais do que nunca justifica-se procurar um apoio mais alargado” na nomeação para o cargo de liderança do regulador.

Pedro Nuno Santos afirmou ainda que hoje o PS percebe “melhor algumas coisas que não tinha percebido em 2014”, nomeadamente que as declarações de solidez do BES, de Passos Coelho e Cavaco Silva, “não foram por falta de informação” e também o porquê de o Governo ter sido “tão protegido em relação às suas próprias responsabilidades”.

Os socialistas remetem mais comentários à recondução de Carlos Costa para a audição na Assembleia da República, uma audição que o PS diz esperar não ser um “mero formalismo” e onde sejam tidas em conta as conclusões do inquérito parlamentar, “escritas por um deputado da maioria e aprovadas por partidos da maioria”, afirmou.

Sobre esta recondução, Pedro Nuno Santos disse ainda que “o Governo é que tem de explicar como é que, apesar das conclusões da comissão, das declarações do vice-primeiro-ministro e das ministra das Finanças, entende fazer esta nomeação sem querer ouvir os partidos da oposição”, disse o deputado socialista, realçando que as “últimas três nomeações foram feitas em início de mandato”.

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