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Deputados criam grupo solidário com cristãos perseguidos

Deputados do PSD, CDS-PP e PS decidiram constituir um grupo parlamentar de solidariedade com os cristãos perseguidos, que aspira a liderar respostas parlamentares no quadro europeu a esta problemática, disse hoje à Lusa o centrista Ribeiro e Castro.

Deputados criam grupo solidário com cristãos perseguidos
Notícias ao Minuto

15:41 - 28/05/15 por Lusa

Política Ribeiro Castro

"É preciso tomar iniciativas democráticas e parlamentares. Temos a aspiração que possamos liderar respostas parlamentares no quadro europeu face a casos atrozes que nos interpelam", afirmou o deputado José Ribeiro e Castro.

O crescendo de "perseguições bárbaras contra cristãos ao longo da última década, sobretudo no Médio Oriente e em África" motivaram os parlamentares a constituírem-se neste grupo, que funcionará à semelhança dos grupos parlamentares de amizade, mas será informal, conforme explicou o deputado centrista.

Na declaração de constituição do grupo, os deputados assumem que estas perseguições são "consequência indireta de erros políticos ocidentais que, ao criarem instabilidade, contribuíram para agravar as condições gerais de segurança e para favorecer o espaço de ação do extremismo".

"Este quadro não constitui desculpa, nem justificação", afirmam, manifestando-se "contra toda a espécie de intolerância e perseguição, designadamente por motivos religiosos", e afirmando que, tratando-se "de judeus ou de cristãos, de muçulmanos ou de budistas, ou de quaisquer outros", a resposta "será pronta e sem discriminação".

Na declaração sublinha-se que "as comunidades cristãs estão praticamente a desaparecer do Médio Oriente, onde as suas raízes são mais antigas e bem profundas, mas se vem sofrendo um flagelo terrível e permanente; e os casos particularmente desapiedados multiplicam-se como, recentemente, os 21 coptas degolados, o massacre dos estudantes no Quénia pela Páscoa, a atrocidade do autodenominado 'Estado Islâmico' e do Boko Haram".

Assinaram esta declaração os deputados do PS António Braga e António Cardoso, os sociais-democratas Carina João Oliveira, António Prôa, João Lobo e Conceição Ruão, e os centristas José Ribeiro e Castro, Teresa Anjinho e Artur Rêgo.

Este grupo compromete-se a guardar e tratar a "informação publicada sobre os casos de violência contra cristãos e outros atentados à liberdade religiosa"; impulsionar "iniciativas políticas pertinentes, no quadro parlamentar"; apoiar a" oportuna abordagem desta matéria pelas representações da Assembleia da República em diferentes organismos internacionais".

Desenvolver "contactos diplomáticos necessários e adequados ao esclarecimento dos casos e incidentes denunciados, bem como à proteção e reparação às vítimas" será outro dos seus objetivos, assim como organizar "audições públicas de informação e sensibilização, quer no âmbito parlamentar, quer para a opinião pública em geral".

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