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PS recusa em absoluto alinhar com Governo no corte das pensões

O PS recusou hoje, em absoluto, "alinhar" ou ser "parceiro" da maioria PSD/CDS no objetivo de "poupança" de 600 milhões de euros no sistema de Segurança Social, cortando designadamente pensões já em pagamento.

PS recusa em absoluto alinhar com Governo no corte das pensões
Notícias ao Minuto

13:57 - 26/05/15 por Lusa

Política Viera da Silva

Esta posição foi transmitida em conferência de imprensa pelo vice-presidente da bancada socialista Vieira da Silva, durante a qual acusou o Governo e a maioria PSD/CDS de se estarem a tentar "esconder atrás do PS" para procurarem introduzir um novo corte no sistema de pensões.

"Não alinharemos nem seremos parceiros nessa poupança de 600 milhões de euros. Também não seremos parceiros nessa nova versão de guerra de gerações que está a ser estimulada pelo Governo, visando colocar jovens trabalhadores contra pensionistas", declarou o ex-ministro socialista.

Na conferência de imprensa, Vieira da Silva usou a ironia para comentar "a abundante produção de informação por parte da maioria PSD/CDS e do Governo sobre o tema do sistema de pensões", defendendo, em seguida, que já ficou claro para os portugueses que o executivo enviou um documento estratégico para a União Europeia, no qual prevê "uma poupança de 600 milhões de euros no sistema de pensões - e esta é a verdade indiscutível".

"Neste momento, tentando introduzir alguma confusão à mistura, os partidos da maioria tentam esconder-se por trás de todos os argumentos para que essa realidade não seja evidente. A última tentativa da maioria PSD/CDS é a de se esconder atrás do PS, dizendo que querem fazer essa poupança, mas sempre com o PS. Mas, de forma clara, afirmamos que o PS não é parceiro dessa poupança nem hoje nem amanhã", acentuou o dirigente socialista.

De acordo com Vieira da Silva, o PS não considera como opção viável "um novo corte no rendimento dos pensionistas que têm já as suas pensões atribuídas e que vivem dessas pensões".

"O Governo já o fez no passado e uma parte desse corte foi considerado inconstitucional e a parte que não foi, designadamente o enorme aumento fiscal (que foi ainda maior para os pensionistas), representou um dos contributos mais sérios e mais pesados para a grave recessão social que o país atravessou", advogou o ex-ministro dos dois governos liderados por José Sócrates.

Vieira da Silva acusou ainda o Governo e a maioria PSD/CDS de estar a procurar alimentar "uma guerra de gerações, colocando em confronto jovens trabalhadores contra pensionistas, como se, na realidade, não soubéssemos todos que as pensões dos nossos pensionistas não são apenas deles próprios, mas, antes, constituem um elemento fundamental para o equilíbrio das famílias portuguesas marcadas duramente pelo desemprego e pela redução de salários".

"Não participaremos nessa insensata guerra de gerações. Assim como não participamos em políticas de prometer tudo a todos no que toca à proteção social, também não alinharemos em discursos catastrofistas que pretendem colocar em causa os fundamentos do nosso sistema de proteção social. Os fundamentos do sistema têm um problema sério, mas os portugueses sabem que esse problema está principalmente ligado à tremenda destruição de emprego nos últimos anos, à sangria da emigração e à baixa da qualidade do emprego (com redução de salários)", apontou ainda o deputado e dirigente socialista.

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