"Na sexta-feira, as bancadas do PSD e CDS aprovaram a lei para retroativamente legalizar um despacho do secretário de Estado Paulo Núncio para dar uma borla fiscal ao Novo Banco. Hoje a ministra das Finanças não respondeu. Qual é o tamanho da borla fiscal? O decreto não diz o número, é um poço sem fundo?", questionou Catarina Martins.
No parlamento, no debate quinzenal com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, Catarina Martins quis saber "qual é a pressa do Governo em dar tantos benefícios fiscais ao Novo Banco".
"O Governo quando se trata de pensões, de salários, de cultura, de ciência, responde sempre que não há dinheiro. Tem que saber responder muito bem à pergunta para onde vai o dinheiro", defendeu.
Segundo a porta-voz bloquista, os benefícios concedidos de pelo menos 85 milhões de euros que derivam do despacho de Paulo Núncio, juntam-se a outros, dados com justificações diferentes, umas vezes porque se trata de um processo de reestruturação noutras de um processo de resolução.
Ao todo, disse, há pelo menos "mais de 3 mil milhões de euros a engordar o Novo Banco".